Érika de Souza, do caso Tio Paulo, foi a julgamento nesta terça-feira

A mulher é acusada de levar o tio morto a um banco para tentar sacar um empréstimo em seu nome

Érika de Souza Vieira Nunes, de 43 anos, sobrinha de Paulo Roberto Braga | Foto: Reprodução

A audiência de instrução e julgamento de Érika de Souza Vieira Nunes, de 43 anos, sobrinha de Paulo Roberto Braga, conhecido como Tio Paulo, foi agendado para esta terça-feira, 12.

O caso ganhou ampla repercussão no mês de abril, quando Érika foi flagrada tentando sacar um empréstimo de R$ 17 mil em nome de seu tio, que havia falecido cerca de uma hora antes de ser levado até a agência bancária.

Paulo Roberto Braga, de 68 anos, foi conduzido em uma cadeira de rodas pela sobrinha até o banco, localizado em Bangu, na zona oeste do Rio de Janeiro. Funcionários do local notaram a condição do idoso e desconfiaram da situação.

Eles gravaram um vídeo em que Érika interage com o tio, agindo como se ele estivesse vivo, e tentava realizar o procedimento bancário. Após perceberem a anomalia, os funcionários acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), que confirmou que o idoso já estava morto antes de chegar à agência.

Em depoimento, Érika alegou que não sabia que o tio estava morto. Ela foi presa em flagrante no momento em que tentava completar o saque e foi levada para a 34ª Delegacia de Polícia (DP) de Bangu. A mulher responde pelos crimes de vilipêndio de cadáver (ao desrespeitar o corpo de uma pessoa falecida) e estelionato.

Após a prisão, a juíza Luciana Mocco decidiu revogar a prisão preventiva de Érika em maio, permitindo que ela respondesse aos processos em liberdade. A decisão levou em consideração que a ré era primária, não apresentava risco à ordem pública e possuía residência fixa. Contudo, ela foi submetida a algumas medidas restritivas durante o processo judicial.

Em outubro, a defesa de Érika solicitou o adiamento da audiência, alegando problemas de saúde, incluindo uma cirurgia programada e um suposto quadro de saúde mental debilitado. No entanto, a juíza Yedda Christina Assunção indeferiu o pedido de adiamento e manteve a data da audiência.

O julgamento de Érika ocorre em um contexto de grande atenção midiática, dada a natureza inusitada do caso, que levantou discussões sobre fraudes bancárias e o tratamento de cadáveres, além de chamar a atenção para a relação familiar entre a acusada e a vítima. A audiência desta terça-feira marcará mais um capítulo do processo, que segue gerando repercussão nas redes sociais e na opinião pública.

FONTE: JORNAL OPÇÃO

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