EUA e União Europeia estudam “bloqueio do Sol” para reduzir temperaturas globais

Temperatura global que tem alcançado recordes históricos nos últimos dias

07 de Julho de 2023

Especialistas estão considerando seriamente uma ideia incomum que pode ser implementada em breve: os Estados Unidos e a União Europeia estão estudando medidas para bloquear a incidência de raios solares, a fim de reduzir a temperatura global que tem alcançado recordes históricos nos últimos dias.

O Escritório de Política Científica e Tecnológica da Casa Branca (OSTP) divulgou um documento em resposta ao Congresso norte-americano sobre a “modificação da radiação solar“, também conhecida como geoengenharia solar. Nesse documento, são discutidos os atuais efeitos do aumento das temperaturas causadas pela atividade humana, detalhes sobre as mudanças climáticas e a possibilidade de reduzir a incidência de raios solares como uma medida necessária.

Dentre as sugestões apresentadas estão a colocação de objetos tanto no solo quanto em altitudes elevadas, que tenham alta capacidade de refletir a radiação solar. Outra ideia é clarear as nuvens para que elas reflitam, em vez de absorver, os raios solares. O estudo também menciona a injeção de aerossol na estratosfera e métodos baseados no espaço como possíveis ações.

No entanto, o governo dos Estados Unidos está divulgando o estudo com cautela. A Casa Branca afirmou que o relatório “não implica em nenhuma mudança na política ou atividade do governo” e que não há planos imediatos para estabelecer um programa abrangente de pesquisa focado na modificação da radiação solar. As informações foram divulgadas apenas para atender a uma demanda do Legislativo.

União Europeia também abordou o assunto recentemente. De acordo com a Bloomberg, os países do bloco estão estudando as implicações de segurança de intervenções em larga escala, como o desvio dos raios solares, como forma de combater o aquecimento global e as mudanças climáticas resultantes.

O documento elaborado pela União Europeia afirma que “a UE apoiará esforços internacionais para avaliar de forma abrangente os riscos e incertezas das intervenções climáticas, incluindo a modificação da radiação solar”. No entanto, o documento ressalta que essas tecnologias introduzem novos riscos para as pessoas e os ecossistemas, ao mesmo tempo em que podem aumentar os desequilíbrios de poder entre as nações e gerar questões éticas, legais, de governança e políticas.

Fonte: Mais Goiás

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