Daiane teria ateado fogo na própria residência, sofrendo queimaduras de 1º, 2º e 3º grau. Ela não resistiu aos ferimentos
Daiane Dias. | Foto: Reprodução
Daiane Dias, ex-mulher do homem-bomba que atacou o Supremo Tribunal Federal (STF), Francisco Wanderley Luiz, o Tiu França, morreu nesta terça-feira, 3, após ficar 15 dias internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Daiane teria ateado fogo na própria residência, sofrendo queimaduras de 1º, 2º e 3º grau. Ela não resistiu aos ferimentos.
A morte da mulher foi confirmada pela direção do Hospital Tereza Ramos. “A paciente faleceu na madrugada desta terça, devido a complicações no seu quadro de saúde. A morte foi comunicada à família e foi acionada a Polícia Científica de Santa Catarina”, diz o hospital em nota.
Daiane teve 80% do corpo queimado no incêndio. Seu ex-marido, Francisco Wanderley Luiz, acabou morto por um dos explosivos que carregava enquanto atacava o prédio do STF. A casa em que Daiane estava era do ex-marido e foi incendida por ela mesma no dia 17 de novembro, como tentativa de suicídio.
A Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC), por meio da Delegacia de Rio do Sul, informou que a mulher agiu sozinha no incêndio. Além de incendia a casa, Daiane permaneceu dentro da residência, ao que tudo indica, para tentar tirar a própria vida, o que só não aconteceu porque vizinhos a retiraram do local.
Explosões no STF
Francisco Wanderley Luiz morreu ao detonar os explosivos em frente ao STF, após ter acionado outras bombas no interior de seu veículo, estacionado nas proximidades da Câmara. Um inquérito da Polícia Federal (PF) foi aberto para investigar o ocorrido. A Polícia Militar informa que um “autoextermínio com explosivo” aconteceu nas proximidades da sede da Suprema Corte. À Polícia Civil, o vigilante Nataniel Camelo, que trabalhava na sede do Judiciário, disse que viu o momento da explosão. Segundo o segurança, o homem ficou parado em frente a estátua da Justiça antes de detonar os explosivos.
No Boletim de ocorrência, consta que “o indivíduo trazia consigo uma mochila e estava em atitude suspeita em frente à estátua, colocou a mochila no chão, tirou um extintor, tirou uma blusa de dentro da mochila e a lançou contra a estátua. O indivíduo retirou da mochila alguns artefatos e com a aproximação dos seguranças do STF, o indivíduo abriu a camisa os advertiu para não se aproximarem”.
Relatos oficiais mostram que o segurança estava sozinho quando o homem se aproximou do prédio. As explosões na Câmara e no STF aconteceram uma após a outra, em instantes bem próximos.
“O indivíduo deitou no chão, acendeu o último artefato, colocou na cabeça com um travesseiro e aguardou a explosão”, consta no BO.
FONTE: JORNAL OPÇÃO