GO: vídeo mostra advogada indo à casa onde agentes erraram endereço

Goiânia – Alvo de mandado de prisão, a advogada Jennifer Nayara acabou presa após se entregar à Polícia Civil de Goiás (PCGO). No entanto, pouco antes, câmeras de segurança registraram o momento em que ela sai de casa e descobre que seria presa. Isso ocorreu porque os agentes erraram o endereço e cumpriram a ordem em outra residência.

O caso aconteceu na última quinta-feira (11/4), em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital goiana. Pelas imagens, é possível ver que a advogada ainda está de pijama quando vai até a casa vizinha em razão da confusão. Em audiência de custódia, na última sexta-feira (12/4), a Justiça decidiu mantê-la presa preventivamente. Veja o vídeo:

O registro mostra quando a advogada, que era o verdadeiro alvo da ação, sai de casa ao ouvir a confusão na residência em frente à dela. Ainda de pijama, ela vai até a vizinha e conversa com um policial. Minutos depois, eles percebem o erro e dão voz de prisão a Jennifer Nayara, que é levada para a delegacia.

Invasão da casa errada

O cumprimento do mandado aconteceu na quinta-feira (11/4), no Parque Industrial Santo Antônio. Uma equipe da Polícia Civil arrombou o portão de uma casa procurando por Jennifer, alvo de uma operação contra organização criminosa. Mas quando entraram, foram surpreendidos por outros moradores, que, assustados, começaram a gravar a ação da polícia, questionando o que estava acontecendo.

Após o nome da suspeita ser anunciado, a moradora fica ainda mais indignada: “Quem é Jennifer Nayara? O mandado está na casa errada”, disse. Embora a confusão tenha se resolvido, o casal registrou boletim de ocorrência contra a equipe e procurou a corregedoria para denunciar abuso de autoridade.

Durante a abordagem, a moradora teve uma arma de fogo apontada contra o rosto e foi segurada pelo pescoço por uma das policiais.

Sem erros

Em nota, a Polícia Civil alegou que o mandado foi cumprido no endereço correto, o que constava na ordem judicial. Detalhou que o local foi determinado por investigação técnica, que continha informações decorrentes de quebra de sigilo telemático e vigilância policial in loco.

Disse também que os policiais da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic) bateram no portão e chamaram os moradores diversas vezes, mas não tiveram retorno e, por causa disso, decidiram arrombar o portão da casa. A decisão, segundo a corporação, está de acordo com o artigo 245, parágrafos 2º e 3º, do Código de Processo Penal.

A nota diz também que “havia uma ligação entre a casa objeto da busca e a pessoa que se buscava prender, tanto o é que esta foi presa em frente à residência citada no mandado judicial”.

Já a defesa de Jennifer diz que não tem conhecimento de nenhuma ligação entre ela e a família da casa invadida por engano, além do fato de serem vizinhos. Informou também que, ao perceber a confusão no imóvel ao lado e ouvir que seu nome foi citado, a própria se entregou.

Em nota, a Ordem dos Advogados do Brasil de Goiás (OAB-GO) disse que acompanhou a operação de cumprimento de mandados judiciais realizados pela Delegacia Estadual de Investigações Criminais (DEIC) em desfavor da advogada e afirmou que seguirá acompanhando o caso.

FONTE: METRÓPOLES

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