Nesta quarta-feira (23), o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) chamou os universitários de imbecis. “Vamos formar mais faculdades, vamos criar mais instituições de ensino, para formar mais imbecis”, afirmou o parlamentar. Gayer fez a declaração durante audiência da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados. De fato, o político tem perseguido as instituições de ensino através das redes sociais já faz algum tempo. Por isso, essa onda de ataques aos estudantes e professores tem preocupado as entidades de representações locais.
De acordo com os relatórios do Google, o perfil de Gayer é o segundo que mais lucrou em 2021 com a propagação de fake news no YouTube a respeito da pandemia. Além disso, o deputado foi um dos militantes mais ativos na base de apoio do governo de Jair Bolsonaro (PL). Em 2022, seu discurso de campanha se concentrou na suposta doutrinação de esquerda nas redes de ensino do Brasil. De maneira idêntica, o ex-presidente utilizou essa mesma pauta para as eleições de 2018.
Resposta
A diretoria do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás emitiu uma nota de resposta. Conforme o texto, manifestou seu total repúdio às declarações do deputado federal. Confira a nota na íntegra:
A (Adufg-Sindicato) manifesta seu total repúdio às declarações do deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) nesta quarta-feira (23/08). Em plena audiência da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, o parlamentar chamou os estudantes universitários de “imbecis”.
Gayer não atacou somente os alunos. Sua declaração também insulta professores, servidores e todas as pessoas que possuem qualquer vínculo com as universidades e institutos federais do Brasil. A liberdade de expressão é um dos pilares fundamentais da democracia, mas não pode ser usada para justificar discursos de ódio, discriminação ou violência contra qualquer pessoa ou grupo.
Vale ressaltar que o parlamentar foi eleito ao surfar na onda do bolsonarismo. Seu mandato na Câmara Federal tem sido marcado somente por declarações carregadas de discriminação e preconceito.
Fonte: O Hoje
