Irmão de Virgínia Fonseca vira réu por crime sexual contra jovem durante festa

O empresário William Gusmão, irmão da influenciadora Virgínia Fonseca, se tornou réu por importunação sexual contra uma jovem em uma festa, em Jussara. A vítima, Lilly Martins, de 27 anos, chegou a ser indiciada pela polícia por falsa acusação, denunciação caluniosa e ameaça, mas a Justiça mandou arquivar as acusações contra ela.

A denúncia do MP-GO foi recebida pela juíza Bárbara Fernandes Barbalho e assinada no dia 30 de novembro. (veja mais detalhes abaixo). g1 entrou em contato com a advogada de William neste sábado (9), mas a defensora informou que não vai se pronunciar porque o processo está em segredo de Justiça.

A denúncia

William foi denunciado em setembro. Segundo o MP-GO, William agiu de forma consciente e praticou ato libidinoso com objetivo de satisfazer a própria vontade por duas vezes. Lilly contou que, na época, estava em uma festa, pediu para tirar uma foto com o homem e ele teria enfiado a mão na calça dela, em Jussara, no noroeste de Goiás.

Além da denúncia, publicada em 27 de setembro, e assinada pela promotora Ana Paula Ferreira Gomes, o MP-GO pediu o arquivamento dos crimes imputados à Lilly por denunciação caluniosa e ameaça e pela esposa dela, Juliana da Silva, por falso testemunho. Os pedidos foram aceitos pela Justiça.

Segundo o MP-GO, o indiciamento ia “em desencontro com as provas colhidas durante a instrução realizada na fase inquisitorial, visto que restou demonstrado os indícios de autoria e materialidade do delito de importunação sexual”.

A decisão reforçou que a palavra da vítima em crimes sexuais tem grande valor de prova e as testemunhas presenciaram todo o ato.

Primeiro indiciamento

Lilly Martins foi indiciada por falsa acusação em maio deste ano. O inquérito foi assinado pelo pelo delegado Gilvan Borges. No documento enviado à Justiça na época, o delegado descreveu que a investigação ouviu testemunhas que desmentiram a versão de Lilly. Em depoimento, William negou que tinha cometido o crime e alegou que por várias vezes a jovem tentou beijá-lo e abraçá-lo.

Segundo a polícia, William disse ainda que Lilly arquitetou todos os eventos para ter alguma vantagem. A testemunha confirmou a versão e completou que a jovem chegou a falar que ia agredir William. Outra pessoa que foi ouvida também disse que viu William tentando se desviar de Lilly.

Na ocasião, o Ministério Público deu 20 dias para que a polícia ouvisse as testemunhas indicadas por Lilly, uma vez que ela havia mencionado a existência de duas testemunhas que teriam presenciado a importunação sexual e que não foram ouvidas pelos policiais. Além disso, a mulher havia dito que teria vídeos que comprovariam suas alegações.

MP pediu mais investigações

No dia 31 de maio, o Ministério Público de Goiás pediu à Polícia Civil novas investigações sobre a suposta importunação sexual e que o caso fosse devolvido à delegacia, porque não havia clareza sobre o que aconteceu, como se deram os fatos ou quando ocorreram algumas contradições.

Novos indiciamentos

Dias após o pedido do MP-GO por novas investigações, Lilly foi indiciada mais uma vez pela Polícia Civil. Dessa vez, pelos crimes de denunciação caluniosa e ameaça. A esposa dela, Juliana da Silva, também foi indiciada na pelo crime de falso testemunho.

Após os indiciamentos, o advogado de defesa de Lilly Martins e Juliane da Silva, Iago Araújo, afirmou que houve parcialidade na investigação do caso. Segundo ele, o delegado Gilvan Borges é amigo do cantor Leonardo, sogro da irmã de William, e teria protegido a família do amigo. Ao O Popular, o delegado Gilvan Borges disse que não vai comentar o caso.

Fonte: G1

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