Itamaraty confirma morte de brasileiro que estava desaparecido em Israel

Ranani Glazer estava na rave que foi atacada no sábado (7) pelo grupo extremista Hamas.

Ranani Nidejelski Glazer, brasileiro que desapareceu em Israel no ataque do grupo terrorista Hamas, foi encontrado morto, segundo o Itamaraty. Em nota divulgada na manhã desta terça-feira (10), o governo federal lamentou a morte e afirmou que repudia os atos de violência.

“O Governo brasileiro tomou conhecimento, com profundo pesar, do falecimento do cidadão brasileiro Ranani Nidejelski Glazer, natural do Rio Grande do Sul, vítima dos atentados ocorridos no último dia 7 de outubro, em Israel. Ao solidarizar-se com a família, amigas e amigos de Ranani, o Governo brasileiro reitera seu absoluto repúdio a todos os atos de violência, sobretudo contra civis.”, diz a nota do Itamaraty.

O conflito na região começou no último sábado (7). Homens armados do Hamas, invadiram Israel e atacaram diversas cidades. A rave onde Ranani estava foi um dos primeiros alvos dos terroristas que entraram por terra e deixaram 260 mortos no local, no distrito sul de Israel, a menos de 20 quilômetros da Faixa de Gaza.

Ranani morava há sete anos no país e tinha cidadania israelense. Ele nasceu em Porto Alegre e tinha 24 anos. Ranani prestou serviço militar em Israel. Ele vivia em Tel Aviv com amigos e trabalha como entregador.

Como Ranani desapareceu
O brasileiro Rafael Zimerman contou que estava na rave ao ar livre com Ranani e a namorado do gaúcho, Rafaela Treistman, quando a invasão começou e eles conseguiram se refugiar em um bunker, mas o local foi invadido. A situação ficou tão desesperadora, que Rafael teve que se fingir de morto para continuar vivo. Ele não sabe em que momento o amigo se perdeu. Rafael e Rafaela conseguiram escapar.

“Eu lembro do Ranani me falando para eu não olhar, porque tinham pessoas mortas em cima da gente e que estávamos usando o corpo delas para não tomarmos tiros”, conta Rafaela.

As cariocas Bruna Valeanu e Karla Stelzer Mendes continuam desaparecidas na região. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, elas têm dupla nacionalidade e participavam do festival de música atacado – mesmo local em que Ranani havia desaparecido.

Fonte: G1

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