Rapper contra-atacou o advogado responsável pelo caso
Jay-Z e P. Diddy (Foto: Getty Images)
O músico e produtor Jay-Z foi acusado, em uma ação movida no domingo, de estuprar uma menina de 13 anos com o rapper Sean Combs, conhecido como Diddy, em 2000, de acordo com documentos judiciais. O astro do hip hop, marido da estrela pop Beyoncé, negou as alegações.
Um processo atualizado em um processo civil contra Combs — preso sob acusações tráfico sexual, entre outros crimes, desde setembro — alega que Jay-Z, cujo nome de batismo é Shawn Carter, e o rapper estupraram a garota em uma festa depois do Vídeo Music Awards da MTV, em setembro de 2000.
“Outra celebridade ficou parada enquanto Combs e Carter se revezavam no ataque à menor. Muitas outras pessoas estiveram presentes na festa, mas nada fizeram para impedir o ataque”, diz a denúncia. “Carter esteve com Combs em muitos dos casos descritos. Ambos os agressores devem enfrentar a justiça.”
Jay-Z já vinha sendo sendo criticado por colegas como Nicki Minaj e 50Cent pela omissão acerca do caso envolvendo Diddy. Amigo de longa data do músico e produtor, ele mantinha sociedade com o colega em negócios relacionados à música. Com o cantor R. Kelly — que, em 2023, foi condenado a 20 anos de prisão por pornografia infantil —, os dois formaram um trio bem-sucedido.
Por ser mulher de Jay-Z, um dos grandes amigos de Diddy, Beyoncé também passou a ser questionada acerca do caso. Até hoje, ela não se pronunciou a respeito dos crimes atribuídos ao colega.
Jay-Z foi originalmente identificado no processo como “Celebridade A”, diz a atualização do processo. A alegada vítima não é identificada na ação.
Jay-Z nega envolvimento
O astro contra-atacou o advogado responsável pelo caso, acusando-o de ser um “ser humano deplorável”.
“Meu advogado recebeu uma tentativa de chantagem, chamada de carta de demanda, de um ‘advogado’ chamado Tony Buzbee. O que ele calculou foi que a natureza dessas acusações e o escrutínio público me fariam querer um acordo. Efeito oposto! Isso me fez querer expô-lo pela fraude que ele é”, dizia um comunicado postado no X pela gravadora de Jay-Z, Roc Nation.
Carter, 55 anos, é um produtor musical e empresário bilionário que começou como rapper.
“Essas alegações são de natureza tão hedionda que imploro que você apresente uma queixa criminal, não civil! Quem comete tal crime contra um menor deveria ser preso, não concorda?”, acrescentou.
Buzbee, o advogado que abriu o processo contra Jay-Z, disse à AFP que “o documento fala por si”. Este é um assunto muito sério que será litigado em tribunal”, destacou.
Os promotores federais alegam que Combs, também de 55 anos, abusou sexualmente de mulheres e as forçou a participar de festas sexuais movidas a drogas, usando ameaças e violência. Ele se declarou inocente de todas as acusações, e seu julgamento criminal está programado para começar em 5 de maio de 2025.
Combs também enfrenta uma onda de ações judiciais de advogados, incluindo Buzbee, que alegou em outubro que mais de 100 supostas vítimas planejavam tomar medidas legais contra o rapper.
Via O Globo