Justiça mantém prisão de ex-jogador do CRAC de Catalão suspeito de estuprar 16 mulheres na Bahia

Tico Baiano chegou ao CRAC no início de março deste ano, mas permaneceu apenas por 10 dias. Os crimes teriam sido praticados desde 2024

Atacante “Tico Baiano” | Foto: Reprodução/Redes sociais

A Justiça manteve a prisão preventiva do jogador de futebol Carlos Eduardo Bastos dos Santos, conhecido como Tico Baiano, após audiência de custódia nesta quarta-feira, 19. O atleta foi detido pela Polícia Civil da Bahia (PC-BA) suspeito de praticar crimes de extorsão, estupro e assalto contra 16 mulheres – 11 delas registraram queixa antes da prisão e mais cinco se manifestaram após o caso vir à tona na última terça-feira, 18.

Os alvos do atacante, que vestiu as cores do Clube Recreativo e Atlético Catalano (CRAC de Catalão) em março deste ano, eram estudantes universitárias e garotas de programa entre 18 e 43 anos, conforme a PC-BA. Ele foi encaminhado para o presídio em Feira de Santana (BA).

Em nota, o clube goiano afirmou que a passagem de Tico Baiano durou apenas 10 dias e que o atleta não chegou a atuar pelo time (veja nota completa abaixo). A reportagem não conseguiu localizar a defesa do atacante.

O suspeito nasceu em Feira de Santana e foi anunciado como reforço do CRAC no dia 1º de março para disputar a Série D do Campeonato Brasileiro – acesso garantido pelo clube após o desempenho no Campeonato Goiano de 2025. Antes de desembarcar em Goiás, “Tico Baiano” passou por clubes baianos como Fluminense de Feira, Bahia de Feira e Barcelona de Ilhéus.

Crimes praticados 

As investigações, segundo a corporação baiana, começaram em junho de 2024, quando as vítimas passaram a denunciar o jogador. Contra as garotas de programa, a PC apurou que o atleta se passava por cliente e, ao chegar ao local de encontro, usava uma arma de fogo para extorquir e roubar as vítimas. Em algumas ocasiões, ele teria as obrigado a fazer transferências bancárias e também roubou quantias em espécie.

Em relação às estudantes, as vítimas normalmente moravam sozinhas nas proximidades da instituição. Uma delas foi vítima de roubo e extorsão quando saia de casa. Já outras duas, tiveram a casa invadida por ele. Nesses casos, os crimes foram praticados com o uso de facas. 

As mulheres ficaram pelo menos três horas em poder do suspeito. A polícia informou que o jogador fez exames de corpo e delito, foi interrogado e está à disposição da Justiça.

Nota do CRAC de Catalão na íntegra:

Em relação à notícia publicada sobre o atleta Carlos Eduardo Bastos dos Santos, conhecido como “Tico Baiano”, e sua vinculação como integrante do Clube Recreativo e Atlético Catalano (Crac), esclarece-se que ele não possui relação com o clube e que seu vínculo perdurou apenas por 10 dias, desde o período em que se apresentou.

Contratado por empréstimo apenas para a disputa dos jogos da fase eliminatória, não foi sequer aproveitado pelo treinador em nenhuma das partidas disputadas. Logo após a eliminação do clube, nos jogos contra o Goiás, o atleta se desligou da instituição sem nem mesmo comunicar à diretoria, tampouco explicar os respectivos motivos, mantendo-se incomunicável a partir de então.

Sendo assim, o Clube Recreativo e Atlético Catalano (Crac) reitera sua total desvinculação tanto do atleta – de quem desconhecia o histórico pessoal – quanto de sua eventual conduta noticiada, reforçando o ilibado comportamento institucional do clube e seu indissociável compromisso com a legalidade e a moralidade”.

FONTE: JORNAL OPÇÃO

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