A cantora revelou que trabalhou “muito duro” na maneira de cantar para viver a personagem no musical, que é sequência do filme de 2019
Para viver a Arlequina em Coringa: Delírio a Dois, Lady Gaga revelou que precisou “desaprender a cantar”. A sequência do filme de 2019, que rendeu um Oscar a Joaquin Phoenix, é dedicada a personagem da cantora, com vários atos musicais. A estreia está marcada para 4 de outubro.
“Trabalhamos muito duro na maneira de cantar. Para mim foi, de certa forma, como desaprender a cantar, esquecer como respirar, e deixar que a canção surja totalmente da personagem”, revelou a artista em coletiva de imprensa no Festival de Veneza, nesta quarta-feira (4/9), onde a obra foi exibida.
De acordo com o diretor do filme, Todd Phillips, as canções do filme foram escolhiadas a partir do que o personagem Coringa, cujo o nome na obra é Arthur, “poderia ter cantado quando era pequeno, com sua mãe”.
“Tentei imitar esse tipo de som. Mas me disse: ‘um momento, isso não é o que Arthur é’ como personagem. E ela me disse: ‘vamos cantar ao vivo’. E eu respondi: ‘não, nem pensar”, brincou Phoenix, em tom de brincadeira, ao lado de Gaga.
Mudança no jeito cantar
Esta não é a primeira vez que Lady Gaga revela ter mudado o jeito de cantar o musical. “As pessoas me conhecem pelo meu nome artístico, Lady Gaga, certo? Sou eu como artista, mas não é isso que este filme é. Estou interpretando uma personagem. Então, trabalhei muito na maneira como cantei para vir de Lee [diminutivo de Harley], e não de mim como artista”, declarou em entrevista ao portal Empire, em julho.
A cantora contou que deixou notas vocais de lado durante as filmagens para se aproximar de sua personagem. “Para mim, há muitas notas ruins, na verdade, de Lee. É algo totalmente diferente do que já fiz”, completou. Gaga ainda detalhou que preferiu ser chamada de Lee durante as filmagens.
“Eu sou uma cantora treinada, certo? Então até minha respiração era diferente quando eu cantava como Lee. Quando eu respiro para cantar no palco, eu tenho essa maneira muito controlada de ter certeza de que estou no tom e que é sustentado no ritmo e na quantidade de tempo certos, mas Lee nunca saberia como fazer nada disso”, detalhou.
Por fim, ela resumiu o que fez para entrar na personagem. “Então é como remover a tecnicalidade da coisa toda, remover minha forma de arte percebida de tudo isso e estar completamente dentro de quem ela é”, encerrou.
FONTE: METRÓPOLES