Deputado goiano disse que “o PT ou a esquerda foi financiada pelo narcotráfico internacional”

Lindbergh Farias e Gustavo Gayer | Foto: Divulgação
O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), afirmou nesta quarta-feira, 22, que irá acionar novamente a Justiça contra o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO), após declarações feitas durante a sessão do Conselho de Ética.
Durante a sessão, que analisava o parecer do relator do processo contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PL), Gayer questionou a ideia de “soberania nacional” defendida pelo PT, afirmando que essa soberania seria aquela em que “o PT ou a esquerda foi financiada pelo narcotráfico internacional”. O deputado citou documentos que, segundo ele, serão apresentados em breve pelo ex-general venezuelano Hugo Armando Carvajal à Comissão de Relações Exteriores da Câmara.
“Lembre-se, eu disse ‘esquerda’. Eu não mencionei qual partido nem qual pessoa, mas sentiram. Essa é a soberania que eles tanto defendem”, declarou Gayer, ao mencionar ainda declarações de um subsecretário dos Estados Unidos que teriam confirmado o financiamento de setores da esquerda latino-americana pela Venezuela por meio do tráfico de drogas.
Em resposta, Lindbergh Farias pediu seu tempo de fala e disse ao presidente da sessão, Fabio Schiochet (União Brasil-SC), que entrará novamente na Justiça pelo ataque ao seu partido. “Eu estou sendo acusado de sempre entrar na justiça. […] Mas eu anuncio aqui que vou entrar contra o senhor novamente na justiça, pelo ataque que fez ao meu partido”, afirmou o líder do PT.
O episódio lembra um conflito anterior entre Gayer e o PT. Em março, o partido apresentou requerimento contra o deputado do PL por declarações que ele fez sobre a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT). Na ocasião, Gayer afirmou em suas redes sociais que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria oferecido Gleisi aos presidentes do Senado e da Câmara “como um cafetão oferece uma GP”. A declaração foi feita em resposta a um comentário de Lula sobre ter escolhido uma “mulher bonita” para manter boa relação com o Congresso.
FONTE : JORNAL OPÇÃO
