Lula afirma que não discutirá Essequibo com presidentes da Guiana e Venezuela

Apesar da declaração, o presidente da República reiterou o compromisso da diplomacia brasileira em promover e preservar a paz

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o presidente da Guiana, Irfaan Ali — Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou que não tratou da questão do Essequibo com o presidente da Guiana, Irfaan Ali, em reunião bilateral que ocorreu nesta quinta-feira (29). Ele deu a declaração ao falar com jornalistas em Georgetown, capital da Guiana. 

“Nós não discutimos a questão de Essequibo porque não é o momento de discutir. Foi uma reunião bilateral para discutir desenvolvimento, para discutir investimento. Mas o presidente Irfaan sabe, assim como o presidente Maduro, que o Brasil está disposto a conversar com eles a hora que for necessária, quando for necessário, porque nós queremos convencer as pessoas de que é possível, através de muito diálogo, encontrar a manutenção da paz.”

Lula embarca nesta quinta-feira (29) para São Vicente e Granadinas, onde se reunirá com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. O petista afirmou que também não tratará sobre a crise de Essequibo com o venezuelano.

“Eu não posso, da mesma forma que não vou discutir com o presidente Maduro essa questão, porque a reunião não é para isso. Eu vou discutir a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).”

Apesar de afirmar que não tratará sobre a situação de Essequibo, Lula reiterou o compromisso da diplomacia brasileira em promover e preservar a paz.

“A hora que eles quiserem marcar uma reunião, o Brasil estará totalmente à disposição para participar, porque o Brasil tem a decisão de que o mundo não comporta mais atrito. O mundo precisa encontrar paz para que possamos construir um mundo mais humanitário, um mundo mais solidário, um mundo com menos sofrimento.”

Mais cedo, em discurso ao lado de Irfaan Ali, Lula falou que os países da América do Sul precisam trabalhar “intensamente” para manter a região como uma “zona de paz”. O brasileiro ressaltou que o continente não precisa de uma guerra.  

“A nossa integração com a Guiana faz parte da estratégia do Brasil de ajudar não apenas no desenvolvimento, mas trabalhar intensamente para que a gente mantenha a América do Sul como uma zona de paz no planeta terra. Nós não precisamos de guerra. Guerra traz destruição de infraestrutura, de vidas, e traz sofrimento. A paz traz prosperidade, educação, geração de emprego e tranquilidade aos seres humanos”, afirmou.

FONTE: O TEMPO

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