Mantidas em cativeiro, transexuais são vítimas de exploração e extorsão em Goiás

A Polícia Civil de Goiás (PCGO) cumpriu, na quinta-feira, 25, um mandado de busca e apreensão em uma residência utilizada para o cárcere privado de mulheres transexuais, localizada em Valparaíso (GO).

Durante a operação, denominada Freedom, os investigadores encontraram armas, drogas, documentos pessoais e outros objetos que os criminosos utilizavam para extorquir e explorar sexualmente as vítimas.

O principal suspeito investigado no âmbito dessa operação é Juliana, também conhecida como David Ferreira Pinto, que é acusada de envolvimento na exploração sexual das vítimas. A PCGO tentou executar um mandado de prisão temporária contra a suspeita, porém ela não foi encontrada.

Segundo as informações apuradas, Juliana é apontada como responsável por oferecer abrigo a diversas transexuais provenientes de diferentes partes do país. No entanto, ao chegarem à cidade, as vítimas eram submetidas a uma condição semelhante à escravidão, sendo trancadas na casa onde ocorreu a busca policial.

Além de reter os documentos das vítimas, a suspeita utilizava métodos violentos para controlá-las. Caso alguma delas expressasse o desejo de deixar o local, Juliana as agredia com socos, facadas, puxões de cabelo e até mesmo utilizando um taco de beisebol, contando com a colaboração de outras transexuais.

Até o momento, a PC não divulgou o número exato de vítimas resgatadas durante a operação. As vítimas negaram estar em cárcere privado, embora não possuíssem as chaves do local onde estavam mantidas.

Durante a busca realizada, foram encontradas facas nas bolsas das transexuais, o que resultará em acusações por posse de arma branca contra elas. Além disso, uma das vítimas acabou sendo presa devido a um mandado em aberto emitido pelo Estado de Minas Gerais, relacionado a um crime contra o patrimônio.

Fonte: Jornal Opção

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