Presidente nacional da legenda, Marconi Perillo defendeu perfil do governador gaúcho e confirmou que fusão ou incorporação está em tratativa – Foto: reprodução / redes sociais
O PSDB confirmou que pretende se fundir ou se incorporar a outra legenda ainda neste ano. O presidente nacional do partido, o ex-governador goiano, Marconi Perillo, afirmou ainda que apoiará a candidatura do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, à Presidência da República em 2026.
À CNN Brasil, Perillo declarou que Leite “tem pretensões à candidatura” e que possui um perfil muito alinhado com as expectativas do partido e do Brasil.
“Eduardo Leite é um político culto, preparado, conciliador e provou resiliência por passar por dois acontecimentos que exigiram muito dele, a pandemia da Covid-19 e as enchentes de 2024”, afirmou na entrevista.
Leite é um dos três governadores tucanos com mandatos no país. Desde as eleições de 2022, o gaúcho surgiu em pesquisas como um possível candidato representando uma “terceira via” frente à polarização, na época, entre Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Leite diz que está à disposição
O governador, inclusive,o chegou a renunciar do cargo meses antes para concorrer ao Executivo nacional, mas, por imbróglios do próprio PSDB acabou desistindo. Assim, concorreu mais uma vez ao governo do Rio Grande do Sul e conquistou a reeleição, “a primeira na história do estado desde a redemocratização”.
Em nota à CNN, a assessoria do governador Eduardo Leite afirmou que ele “está à disposição da sigla para construir uma alternativa ao futuro do Brasil”.
Marconi fala sobre fusão ou incorporação
Marconi Perillo também afirmou à CNN que o PSDB irá realizar uma “fusão ou incorporação” com outro partido ainda neste ano.
A expectativa é que o anúncio saia até março. Segundo Perillo, no momento os tucanos estão negociando com algumas siglas que possuem a “mesma visão ideológica” e o “mesmo plano de Brasil do futuro”.
Partidos próximos ao governo Lula
No sábado (11), o blog da jornalista Denise Rothenburg, publicado no jornal Correio Braziliense informou que Marconi Perillo antecipou que o PSDB estabeleceu como condição para se juntar ao MDB, de Baleia Rossi, ou ao PSD, de Gilberto Kassab, “ter candidatura própria à Presidência da República”. Isso significa que estas legendas, que atualmente têm proximidade com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), terão de se afastar do governo para apoiar o candidato do partido que surgir da fusão.
A colunista destaca que, até aqui, o PSD tem um candidato à Presidência da República no páreo, se referindo ao governador do Paraná, Ratinho Júnior. Já no MDB ainda não existe essa movimentação. “E a contar pela disposição de Baleia Rossi [presidente do MDB], esse tema só será tratado a partir do segundo semestre deste ano e discutido em 2026. Logo, quem está mais próximo de fechar um acordo com o PSDB, dadas as condições, é o PSD”, conclui ela.