PCMG/Divulgação
Nas redes sociais, a adolescente de 16 anos costumava exaltar criminosos extremistas, como Theodore Kaczynski e Jeffrey Dahmer

A adolescente de 16 anos investigada por planejar massacres em escolas e por divulgar conteúdos de ódio contra grupos minoritários tinha “videoaulas” com um homem de nacionalidade iraquiana sobre como fabricar artefatos explosivos caseiros.
Conforme apurado pela PCMG, a adolescente mantinha contato virtual com outros indivíduos para discutir estratégias e fabricação de bombas artesanais. Segundo os investigadores, os artifícios seriam utilizados nos ataques planejados pela menina.
Um dos interlocutores vive em Bagdá, no Iraque. A polícia não revelou a identidade do estrangeiro e nem falou sobre como a adolescente o conheceu.
Idolatria de criminosos
A menina foi alvo de um mandado de busca e apreensão da PCMG nessa terça-feira (12/8).
Nas redes sociais, ela costumava exaltar criminosos extremistas, como Theodore Kaczynski, terrorista conhecido como Unabomber, que matou três pessoas e feriu mais 23 entre 1978 e 1995, e Jeffrey Dahmer, assassino em série americano responsável pelo assassinato de 17 homens.
O segundo serial killer, que também foi acusado de praticar necrofilia e canibalismo, teve seus crimes retratados em uma série veiculada por um streaming famoso recentemente. Além de reverenciar os assassinos, a adolescente também publicava símbolos nazistas.
Investigações e medidas
As investigações tiveram início em abril deste ano, a partir de informações encaminhadas pela Unidade de Repressão a Crimes Cibernéticos de Ódio (Urcod), da Polícia Federal (PF), a quais indicavam que a jovem administrava perfis em redes sociais voltados ao planejamento de ataques e propagação de discursos discriminatórios contra população LGBTQIA+ e judeus.
No cumprimento do mandado, foram apreendidos um celular e um notebook utilizados nas práticas investigadas. A adolescente foi conduzida à Divisão de Crimes Cibernéticos, onde confessou a autoria dos perfis e o planejamento dos massacres, que incluíam ataques a uma faculdade – mas não apontou data e local definidos.
O Juizado competente aplicou medidas cautelares:
- Proibição de acesso à internet (exceto para atividades escolares).
- Proibição de uso de redes sociais e contato com demais integrantes dos grupos extremistas.
- Frequência obrigatória à escola, proibição de sair de casa (salvo para compromissos autorizados)
- Acompanhamento psicológico e psiquiátrico no Centro de Atenção Psicossocial (Caps) e Conselho Tutelar.
FONTE: METRÓPOLES