Menino de 7 anos morre após ser espancado por abrir geladeira sem ordem

Uma criança de 7 anos morreu na madrugada de hoje após ser espancada pelo pai, um ex-integrante do Conselho Tutelar de Guararema, no interior de São Paulo.

O homem teria confessado à Polícia Militar que bateu no garoto porque ele abriu a geladeira, sem autorização, para pegar comida.

A criança foi socorrida ao Hospital Luzia de Pinho Mello com ferimentos na cabeça, que os pais alegaram ter sido por cair em casa, chamando a atenção dos médicos. “Os ferimentos não condiziam ao de uma queda”, diz nota da Polícia Militar.

Na delegacia, segundo a polícia, o pai teria confessado o crime: “Confessou a agressão aos policiais e informou que cometeu o ato devido à criança ter aberto a geladeira sem a sua permissão para pegar algo para comer”, diz a PM. A família tinha outros três filhos.

O pai e a mãe foram presos. Em nota ao UOL, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo informou que ambos foram indiciados por homicídio doloso e encaminhados à Cadeia Pública de Mogi das Cruzes e Cadeia Feminina de Itaquaquecetuba, onde permanecem detidos à disposição da Justiça. A audiência de custódia acontece amanhã.

A SSP informa que a Delegacia de Guararema requisitou exames ao IC (Instituto de Criminalística) e ao IML (Instituto Médico Legal).

UOL buscou também a Secretaria de Saúde, mas ainda não obteve resposta. Este espaço será atualizado tão logo haja manifestação.

Agressor foi conselheiro tutelar e esposa é professora

O agressor foi conselheiro tutelar do município de Guararema. A Prefeitura do município confirmou que ele ficou no cargo por cinco meses, entre setembro de 2022 e fevereiro de 2023, antes de pedir exoneração.

Também há registro dele no Conselho Municipal de Saúde, no cargo da sociedade civil — sem indicação feita pela administração municipal, afirma a Prefeitura no posicionamento. O corpo jurídico do município irá avaliar o caso junto ao Ministério Público.

O crime ocorreu na mesma rua do Conselho Tutelar, onde fica a casa da família e a sede de uma empresa de locação de brinquedos, administrada por Marcelo Leão. Também constam no local a prestação de serviços de gincana e recreação infantil. A criança foi adotada pelo casal.

A mãe da criança atua como professora na rede municipal de Suzano, segundo informações das redes sociais. O UOL buscou a Prefeitura do município e aguarda retorno.

UOL também busca contato com a defesa dos pais e deixa o espaço aberto para manifestações.

Fonte: Mais Goiás

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