Ministério da Saúde cria plano para combater 11 doenças no sistema prisional

De seis em seis meses, o banco de dados do Sistema Penitenciário Brasileiro registra cerca de 30 mil casos de doenças nos presídios estaduais femininos. Entre as doenças registradas estão sífilis, tuberculose, AIDS e hepatite.

Entre os infectados, a população carcerária se tornou foco do Ministério da Saúde em uma iniciativa reunindo outras frentes do governo, para eliminar a pasta chamada “doenças socialmente determinadas”. O plano inclui acabar com onze enfermidades e eliminar a transmissão vertical do HIV, da sífilis e da hepatitie B.

O Comitê Interministerial para Eliminação da Tuberculose e Outras Doenças Determinadas Socielmente (CIEDS) deve trabalhar as iniciativas até janeiro de 2030. No último semestre de 2022, o HIV foi a principal doença transmissível nas prisões estaduais do país entre homens, registrando 32,3% dos casos. Entre as mulheres, a sífilis foi a maior com 56,2% dos casos.

No ranking de população carcerária, o Brasil aparece apenas da China e dos Estados Unidos. Segundo dados recentes do Ministério da Justiça, em 1.458 unidades prisionais existem cerca de 837 mil presos no país. O total ultrapassa em mais de 240 mil a quantidade de vagas dos presídios, que é de 596.442, causando um dos principais problemas do sistema carcerário brasileiro: a superlotação.

Para atender os presos doentes, 4.337 técnicos em enfermagem e enfermeiros, juntamente com 1.023 médicos clínicos gerais e de outras especialidades, estão disponíveis dentro das unidades prisionais. Cada médico é responsável pelo atendimento de 818 pessoas.

Fonte: O Hoje

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