Ministério Público Goiás » Justiça determina medidas urgentes para impedir incêndios no lixão de Formosa com multa em caso de descumprimento

Prefeitura de Formosa tem que acabar com os incêndios no lixão

Ao acolher pedidos feitos em ação proposta pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), a Justiça determinou uma série de medidas que devem ser implementadas imediatamente para garantir o fim dos incêndios no lixão de Formosa. As providências deverão ser cumpridas pelo município de Formosa e a Associação dos Catadores Ambientalistas da Estrutural (Ambiente), gestora do lixão.

A decisão liminar, proferida nesta quinta-feira (18/1), determina que, num prazo de cinco dias, os acionados devem:

I) garantir vigilância ininterrupta (24 horas por dia) nas dependências do lixão, tanto na parte interna, como na externa, em especial na porção destinada à deposição de rejeitos;

II) compartimentar os rejeitos em quadrantes separados e sem ligação entre si, conforme orientação do Corpo de Bombeiros;

III) ter à disposição do Corpo de Bombeiros, para pronto acionamento e em qualquer horário, uma retroescavadeira e um operador habilitado para manusear o maquinário.

Já, no prazo máximo de 30 dias, foram determinadas as seguintes providências:

I) cercar o perímetro da área destinada ao centro de triagem e à deposição de rejeitos, impedindo definitivamente o acesso de pessoas ou veículos não autorizados;

II) fechar definitivamente quaisquer entradas clandestinas já abertas; e

III) dar início a um termo de cooperação técnica com o Corpo de Bombeiros para estruturação de Brigadas Municipais Mistas visando à rápida resposta aos incêndios no lixão.

Em caso de descumprimento das imposições, será aplicada multa no valor de R$ 2 mil por dia, limitado ao valor global de R$ 100 mil, sem prejuízo de sua majoração (aumento), em caso de necessidade. Na decisão, foi observado que “em razão da completa omissão do Poder Público e da associação responsável, faz-se necessária a intervenção judicial, diante dos diversos danos causados, os quais vêm se reiterando com o tempo, causando maiores prejuízos à coletividade e ao meio ambiente”.

Ação do MPGO apontou os prejuízos à saúde pública e ao meio ambiente

Proposta no início deste mês pelo promotor de Justiça Ramiro Carpenedo Netto, a ação pediu medidas de urgência que pudessem impedir os sucessivos incêndios que ocorrem há anos no lixão de Formosa e as consequências ao meio ambiente e à saúde pública
Apesar de o MP ter tentado a resolução da demanda de forma extrajudicial, tanto o município quanto a associação não se dispuseram a implementar medidas que pudessem impedir os constantes incêndios no local. 

FONTE:MP GO

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