Segundo o ministro da Previdência, Wolney Queiroz, se uma nova reforma for necessária, deve ser feita com a participação ampla da população

Marcello Casal Jr/Agência Brasil
O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, afirmou, nesta quinta-feira (18/9), que “não há ambiente”, neste momento, para uma reforma da Previdência. Segundo ele, tais mudanças geralmente ocorrem para diminuir o acesso ao direito, prejudicando os trabalhadores.
“Não há ambiente agora para se fazer uma reforma da Previdência. Uma reforma da Previdência, se for feita, ela tem que ser feita no início do governo e tem que ser feita, na minha opinião, com a pactuação de toda a sociedade”, disse em entrevista ao programa Bom dia, ministro.
Segundo o chefe da pasta, a última reforma, promulgada em 2019, foi feita “somente para economizar”, e que, se uma nova for necessária, deve ser feita com a participação ampla da população e discussão profunda sobre o tema.
“Normalmente elas [as reformas] vêm para aumentar a idade ou cortar o acesso, diminuir o acesso, sempre é nessa direção. E nessa direção vai acabar, nesse ritmo, a gente deixando o trabalhador trabalhar até morrer, o que não é justo. Então a gente não pode fazer com que a conta sempre recaia sobre aqueles que trabalham”, declarou.
De acordo com Wolney, é necessário aumentar a base de arrecadação do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), e para isso, a população precisa confiar no sistema.
A reforma previdenciária mais recente foi realizada durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em novembro de 2019. A medida alterou as regras para aposentadoria no país e para o cálculo do benefício a ser recebido, tanto no regime geral quanto no serviço público.
Entre as mudanças, a principal é que não é mais possível se aposentar apenas usando o tempo de contribuição ao INSS.
FONTE : METROPOLES