Investigação faz parte da Operação Integration, a mesma que culminou na detenção da influenciadora de Deolane Bezerra e investiga caso de suposto de lavagem de dinheiro e jogos ilegais
MP pede arquivamento de caso sobre avião de Gusttavo Lima (Foto: Divulgação)
O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) pediu o arquivamento da denúncia contra o cantor Gusttavo Lima pela venda de uma aeronave para a empresa Esportes da Sorte, de Darwin Henrique da Silva Filho, nesta semana. A investigação faz parte da Operação Integration, a mesma que culminou na detenção da influenciadora de Deolane Bezerra e investiga caso de suposto de lavagem de dinheiro e jogos ilegais.
Para o MPPE, não existem provas para indiciar o sertanejo. O Ministério Público diz que a negociação foi documentada e que “as respectivas movimentações bancárias registradas (…) não demonstra [sic] a prática de crimes de lavagem de dinheiro”. Além disso, afirmou que não existem “elementos que demonstrem ocultação ou dissimulação de bens e/ou valores”, ou conhecimento prévio de que o dinheiro usado por Darwin Filho para comprar o avião era fruto de “infração penal”.
Darwin é alvo na Operação Integration suspeito de fazer pagamentos e transferências para influenciadores e operadoras de recursos financeiros para lavar dinheiro de bets e jogo do bicho, proibidos por lei. Conforme a investigação, Lima vendeu, por meio de sua empresa, um jato para a companhia de Silva Filho. Posteriormente, ele foi devolvido por alegação de um problema na turbina, sendo comercializado para os donos da Vai de Bet.
O MPPE ainda citou que o delegado não indiciou Gusttavo Lima, pois não existe “comprovação de atos de lavagem de dinheiro perpetrados pela PIX 365 Soluções Tecnológicas (Vaidebet), a partir de 01/07/2024, quando o artista e sua empresa passaram a ser sócios da casa de apostas, com 25% da marca”. Ainda recomendou que a parte do inquérito referente às relações comerciais entre o cantor e outras empresas e seus proprietários vá para a Comarca de Campina Grande.
Posição de Gusttavo Lima
O cantor Gusttavo Lima disse, em nota, que “as operações [da venda da aeronave] foram realizadas de forma transparente, sem indícios de ocultação ou dissimulação de valores”. Sobre a outra parte do inquérito, afirmou que as “operações foram totalmente legais, não configurando lavagem de dinheiro”; e que “os documentos apresentados comprovaram que todas as operações foram conduzidas de forma regular e em conformidade com a legislação vigente, não havendo qualquer evidência de prática ilícita”.
A defesa de Darwin também se manifestou por nota ao G1:
“O parecer ministerial apenas confirma o que vem sendo alegado, há praticamente um ano, pela defesa: a Operação Integration carece de indícios mínimos de autoria e de materialidade”; e que “as suspeitas veiculadas pela Autoridade Policial são inverídicas, merecendo todo o rechaço do Tribunal de Justiça de Pernambuco, que já tem imposto sérias correções à atuação da Autoridade Policial e da 12ª Vara Criminal da Comarca do Recife/PE”. Disse, ainda, ter “total confiança no Ministério Público e no Tribunal de Justiça de Pernambuco para seguirem corrigindo os equívocos praticados na 1ª instância e, a seu tempo, promoverem o arquivamento das investigações por ausência de provas e de quaisquer práticas criminosas”.
FONTE: MAIS GOIÁS