19 de Junho de 2023
Órgão entendeu não existir conotação homofóbica no termo, mas referência a idade do parlamentar; juíza determinou arquivamento
O Ministério Público Federal do Rio de Janeiro rejeitou uma representação feita contra o influenciador Felipe Neto por conta do apelido de “chupetinha” do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG). O órgão entendeu não existir no termo a conotação homofóbica atribuída por bolsonaristas. A juíza Valéria Caldi Magalhães, da 8ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, determinou pelo arquivamento do processo.
“Não há elementos indicando que a utilização da expressão ‘chupetinha’ no caso em análise configure crime de homofobia (…) as própria publicações citadas pelo representante demonstram que, além da existência de forte divergência na interpretação da expressão, o responsável pela utilização esclarece que foi usado para criticar o comportamento alegadamente imaturo de uma pessoa adulta (…)”, diz um trecho do posicionamento do MPF divulgado por Neto nas redes sociais.
Felipe Neto foi apontado como criador do apelido após o deputado ser chamado de “chupetinha” por adversários durante uma sessão da Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) em março deste ano. O influenciador acabou por assumir, pelas redes sociais, a autoridade do apelido e negou se tratar de uma ofensa homofóbica. Nas postagens, Neto afirmou que o termo faz referência a pouca idade do parlamentar, de 27 anos.
Na época, aliados de Ferreira foram às redes apoiar o bolsonarista. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) chegou a afirmar que acionou o presidente do seu partido, Valdemar da Costa Neto, para que uma representação fosse feita contra André Janones (Avante-MG), um dos que teria chamado o parlamentar mineiro de “chupetinha”, no Conselho de Ética da Câmara.
Fonte: Mais Goiás