Mulher finge ser do PL e dá golpe: Uma mulher que se fazia passar por uma das lideranças do Partido Liberal Mulher (PL) em Águas Claras (DF) enganou vítimas que acreditavam ter comprado passagens aéreas para Lisboa, Portugal, com o intuito de participar de uma conferência política. Segundo informações da Polícia Civil (PC), pelo menos 10 pessoas, incluindo pastores, servidores públicos e empresários, sofreram prejuízos entre R$ 5 mil e R$ 10 mil.
Identificada como Ivana Nazaré Freitas de Oliveira, de 59 anos, a responsável pelo golpe posava como uma figura influente no PL Mulher. De acordo com investigações da PC do Distrito Federal, “ela tinha habilidade para circular entre pessoas de alto poder aquisitivo e transmitia uma imagem de extrema religiosidade”.
A golpista chegou até a se infiltrar em eventos do PL e tirar fotos com políticos renomados do partido, como a deputada federal Bia Kicis.
Ocorrências
Anteriormente condenada por peculato após ser demitida do serviço público, Ivana persuadiu pessoas de seu círculo social a comprar passagens fictícias para Portugal. Depois do pagamento, ela emitia passagens falsas e permitia que algumas vítimas fossem até o aeroporto acreditando que conseguiriam embarcar. Em outras situações, os compradores perceberam o golpe e, ao exigirem a devolução do dinheiro, foram bloqueados no WhatsApp.
A coluna Na Mira, do Metrópoles, verificou a filiação partidária de Ivana através do sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e constatou que ela não está afiliada a nenhum partido político. A coluna também tentou entrar em contato com Ivana, porém sem sucesso.
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Condenada por desvios
Em agosto de 2019, o Ministério Público Federal (MPF) obteve a condenação de Ivana por peculato. Ela fazia parte do grupo composto por funcionários do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) envolvidos no desvio de recursos da Superintendência Regional no Rio Grande do Norte (SRTE/RN).
Ela era parceira do empresário beneficiado pelos desvios e participou do esquema facilitando a liberação dos recursos ilegalmente direcionados à sua empresa. Trabalhando como assessora da Secretaria Executiva do então MTE, foi identificada como uma das “mentoras” do esquema, atuando na transferência de recursos do ministério para a SRTE/RN. Parte desses fundos destinados à superintendência local acabava sendo desviada para a empresa de seu namorado.
A empresa do então namorado da fraudadora possuía um contrato até o final de 2006, com uma extensão já acordada para abranger o ano de 2007. Contudo, a Controladoria-Geral da União (CGU) encontrou irregularidades e ordenou o cancelamento dessa prorrogação.
FONTE:MAIS GOIAS