Trio foi denunciado e passou a ser suspeito de fazer parte de uma célula nazista
27/07/2023
Três estudantes universitários do curso de direito da UniAmérica, uma instituição privada em Foz do Iguaçu (PR), tornaram-se alvo de uma investigação da Polícia Civil devido a apologia ao nazismo e associação criminosa. Após publicarem mensagens preconceituosas em um grupo de WhatsApp composto por colegas de classe, o trio foi denunciado e passou a ser suspeito de fazer parte de uma célula nazista.
Entre as mensagens compartilhadas pelos estudantes havia frases ofensivas como “essa aí vai para o gás” e “eu adoro negros, pena que pararam de vender”. O delegado responsável pelo caso, Rodrigo Souza, considera o comportamento dos universitários preocupante, afirmando que, embora eles possam não ter coragem de cometer violência, suas ações estimulam tal comportamento e precisam ser interrompidas.
A UniAmérica, procurada pelo TAB, encaminhou a denúncia dos estudantes às autoridades, mas preferiu não se manifestar publicamente sobre o assunto.
Algumas das postagens faziam referências diretas ao ditador nazista Adolf Hitler, incluindo imagens em vídeo. Diante do comportamento agressivo e preconceituoso dos colegas, outros estudantes da turma optaram por excluí-los do grupo de WhatsApp, conforme relatado pela polícia.
As investigações começaram há dois meses, após a polícia receber uma denúncia da própria instituição de ensino. Um mandado de busca e apreensão foi cumprido na casa de um dos estudantes, e a análise do celular revelou a participação de outros alunos nas postagens. Em 10 de julho, uma operação foi realizada para cumprir mais seis mandados de busca e apreensão nas residências de outros dois envolvidos.
Chamou a atenção dos policiais o fato de um dos universitários investigados ter como protetor de tela de seu notebook uma imagem do Massacre de Columbine, que ocorreu em abril de 1999 em uma escola nos Estados Unidos. O estudante começou a usar essa imagem na mesma semana em que ocorreu o ataque a uma escola em Cambé, no norte do Paraná.
Os estudantes de direito acusados estão sendo monitorados com tornozeleira eletrônica e proibidos de ingressar no estabelecimento de ensino. A polícia suspeita que eles sejam participantes ativos de grupos de disseminação de ódio.
Fonte: Mais Goiás