OMS alerta que 20% das mulheres sofrem doença mental na gravidez ou depressão pós-parto

A Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou que 20% das mulheres sofrem doença mental na gravidez ou depressão pós-parto. De acordo com o órgão, além de afetar o bem-estar e a saúde delas, também pode prejudicar o desenvolvimento físico e emocional dos bebês.

Segundo a médica pediatra goiana Giselle Pulice de Barros Lôbo, as mulheres se tornam despercebidas pelos familiares e amigos durante o puerpério. “O que percebo é que o foco se torna 100% destinado ao bebê enquanto a mãe está vivendo o puerpério, que é o período pós-parto dura em média 45 dias”.

Lôbo destacou que o fato de não conseguir criar um vínculo de imediato com o recém-nascido é um dos fatores que causa estado de vulnerabilidade emocional nas mães, o que gera mais angústia materna. Mesmo que estudos mostrem que essa dificuldade é normal, a maioria das mães sente vergonha desse sentimento.

Conforme a pediatra, ações físicas de afeto, como cantar e conversar com o bebê e fazer contato pele a pele também ajudam no vínculo. Lôbo ainda ressaltou que o companheiro precisa ter um olhar mais cuidadoso e paciente com a mulher, uma vez que ajuda a diminuir as chances de adoecimento mental dela.  

Sentimentos

A pediatra explicou que os sentimentos ou mudanças de humor podem ser: irritabilidade, insônia, ansiedade, tristeza excessiva, vontade de chorar com frequência, falta de libido, falta ou excesso de fome, insegurança e auto depreciação.

“O puerpério é um momento frágil e é comum sentir as emoções à flor da pele, esgotamento e vontade de chorar. Esse período de humor instável recebeu o nome de baby blues”, afirmou Lôbo.

A diferença entre o baby blues e a depressão pós-parto é a intensidade dos sintomas. Por exemplo, o baby blues causa sentimento de desesperança, mas a mãe consegue manter uma rotina diária. Já a depressão pós-parto causa a falta da vontade de viver da mulher e ela não consegue seguir uma rotina saudável.

“Como médica, procuro normalizar dúvidas, medos e inseguranças dos pais de primeira viagem, que são normais, pois é no dia a dia e nas tentativas que se ganha experiência de maternidade e paternidade”, concluiu a Lôbo.

Fonte: Mais Goiás

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