20 de Junho de 2023
Sete pessoas foram presas, entre elas, o pastor influencer. Megaoperação foi divulgada nessa segunda (20/6), pela Polícia Civil de Goiás
Sete pessoas foram presas na Operação Hananias, da Polícia Civil de Goiás (PCGO), suspeitas de integrarem um esquema de falsificação e venda de agrotóxicos, além de lavagem de dinheiro que pode ter movimentado cerca de R$ 100 milhões. Segundo a corporação, entre os detidos estão um pastor evangélico, que também é influencer, e um guarda civil municipal de Minas Gerais.
A megaoperação foi deflagrada na última quinta-feira (15/6). No entanto, só foi divulgada nessa segunda (19/6). Uma aeronave avaliada em R$ 10 milhões foi apreendida na ação. Outros bens dos envolvidos acabaram bloqueados.
De acordo com a polícia, o esquema aconteceu há mais de cinco anos.
Em coletiva de imprensa, o delegado adjunto da Delegacia Estadual de Crimes Rurais, Marcos de Oliveira, afirmou que, além do crime de adulteração e venda de agrotóxicos, alguns dos presos são suspeitos de emprestar as contas bancárias para o recebimentos dos valores gerados no esquema.
Conforme a polícia, o pastor evangélico preso na operação estava no município de Cascavel (PR). Ele tem mais de 16 mil seguidores nas redes sociais e se define como “cristão, pastor e criador de conteúdo digital”. Já o guarda civil foi preso na cidade de Varginha (MG). Na casa dele, os policiais encontraram R$ 175 mil.
Em Goiás, a Polícia Civil prendeu a secretária de um dos presos na Operação Liderança, deflagrada no início deste ano e que também teve como objetivo o combate ao crime de adulteração e venda de agrotóxicos. A prisão ocorreu no município de Itumbiara, no sul goiano.
Movimentação de milhões
De acordo com o delegado Marcos de Oliveira, a suspeita é de que a associação criminosa tenha movimentado cerca de R$ 100 milhões em cinco anos com o esquema dos agrotóxicos.
Durante o cumprimento dos mandados de prisão e busca e apreensão, a polícia apreendeu uma aeronave avaliada no município de Jundiaí, em São Paulo, avaliada em R$ 10 milhões. Após a apreensão, o Estado de Goiás conseguiu na Justiça que o avião, de modelo King Air C90, fosse depositado judicialmente ao Corpo de Bombeiros.
Com isso, a corporação deve ser adaptada para ser usada como UTI móvel e auxiliar no resgate de pessoas que necessitem de um rápido transporte para o hospital.
Fonte: Metrópoles