PIB desacelera, mas supera projeções e sobe 0,1% no 3º trimestre

PIB do Brasil teve leve alta de 0,1% no 3º trimestre de 2023, na comparação com o trimestre anterior. Na base anual, crescimento foi de 2%

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil superou as expectativas dos analistas e registrou uma leve alta de 0,1% no terceiro trimestre de 2023, na comparação com o trimestre anterior.

Os resultados foram divulgados nesta terça-feira (5/12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em relação ao mesmo período do ano passado, o PIB do país subiu 2%. No acumulado dos quatro trimestres terminados em setembro, a alta foi de 3,1%.

No acumulado do ano, até setembro, a alta é de 3,2% em relação ao mesmo período do ano passado.

Em valores correntes, o PIB no terceiro trimestre somou R$ 2,741 trilhões.

O resultado do período entre julho e setembro de 2023 veio acima das projeções dos analistas. Depois de uma alta de 1,8% no primeiro trimestre (dado revisado pelo IBGE) e de 0,9% no segundo trimestre, o consenso Refinitiv, que reúne as principais projeções do mercado, estimava um recuo de 0,2% na base trimestral.

Já na comparação anual, o mercado projetava crescimento de 1,9%.

Segundo a última edição do Relatório Focus, divulgada na segunda-feira (4/12) pelo Banco Central (BC), o mercado projeta que a economia brasileira termine 2023 avançando 2,84%, mesma projeção da semana anterior.

Já para 2024, a previsão de crescimento da economia brasileira se manteve em 1,5%. A estimativa para 2025 caiu de 1,93% para 1,9%.

Os bons resultados dos dois primeiros trimestres deste ano levaram o Fundo Monetário Internacional (FMI) a revisar para cima suas estimativas de crescimento da economia brasileira em 2023. Segundo o fundo, o país deve registrar uma expansão de 3,1% do PIB, ante 2,1% da última projeção. Em 2024, a economia do Brasil deve avançar 1,5%.

Serviços e indústria voltam a puxar alta
No terceiro trimestre de 2023, a alta foi puxada pelo bom desempenho da indústria e do setor de serviços, que avançaram 0,6%.

“Olhando por dentro do setor de serviços, os maiores destaques são as atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (1,3%), especialmente na parte ligada aos seguros, e as imobiliárias (1,3%), com o aumento no número dos domicílios”, explica a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.

Depois de alavancar o crescimento da economia do país no início do ano, quando cresceu mais de 21%, a agropecuária recuou 3,3%, em resultado já esperado pelo mercado.

Apesar da queda no terceiro trimestre, a agropecuária registrou alta de 8,8% em relação ao mesmo período de 2022, graças ao desempenho de itens da lavoura que possuem safra relevante no período, como milho (19,5%), cana-de-açúcar (13,1%), algodão herbáceo (12,5%) e café (6,9%).

Veja o desempenho de cada setor:

Indústria: 0,6%
Serviços: 0,6%
Agropecuária: -3,3%
Veja outros dados:

Consumo das famílias: 1,1%
Consumo do governo: 0,5%
Investimentos: -2,5%
Exportações: 3%
Importação: -2,1%
O PIB
O PIB é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país. Todos os países calculam o seu PIB nas suas respectivas moedas.

Os bens e serviços finais que compõem o PIB são medidos no preço em que chegam ao consumidor. Assim, levam em consideração também os impostos sobre os produtos comercializados.

Fonte: Metrópoles

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