A Polícia Federal (PF) intimou Jair Bolsonaro (PL) para depor sobre conversas que defendiam golpe de Estado caso Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fosse eleito. O depoimento do ex-presidente está previsto para o dia 31 de agosto. Em um grupo de Whatsapp, empresários brasileiros trocaram mensagens em apoio ao impedimento da posse do atual presidente da República. Conforme a investigação, Bolsonaro supostamente ordenou o empresário Meyer Nigri a repassar fake news sobre as eleições de 2022.
A PF começou a investigação após o Metrópoles revelar as conversas no ano passado. Conforme o relatório da Polícia Federal, o grupo de WhatsApp reunia empresários de todo o país. Além de Meyer Nigri, também estavam Luciano Hang, dono da Havan, Afrânio Barreira, do Grupo Coco Bambu, José Isaac Peres, dono da Multiplan, José Koury, dono do Barra World Shopping, Ivan Wrobel, da construtora W3 Engenharia, e Marco Aurélio Raymundo, o Morongo, dono da marca de surfwear Mormaii.
Investigação
Em princípio, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou busca e apreensão de celulares e aparelhos eletrônicos dos empresários que estavam nesse grupo. Dentre os oito casos abertos, apenas dois continuam em andamento. Meyer Nigri e Luciano Hang ainda estão sendo investigados. Além do grupo de WhatsApp, o depoimento de Bolsonaro também deve abordar as supostas mensagens entre Meyer e “PR Bolsonaro 8”, suposto contato do ex-presidente.
Nesta conversa, Bolsonaro ataca integrantes do STF e fornece informações falsas sobre urnas eletrônicas. Além disso, na última mensagem, Bolsonaro escreve o comando “repasse ao máximo”. Em seguida, Meyer Nigri responde que já fez isso. Vale ressaltar que o ministro do STF Alexandre de Moraes havia prorrogado as investigações dos dois empresários. Mas a PF acredita que as mensagens tinham o intuito de produzir notícias falsas e, consequentemente, descredibilizar o processo eleitoral brasileiro.
Fonte: O Hoje