Dados do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) informam que o preço médio das carnes caiu 5,9%. Em relação a carne de porco, a queda foi de 2,4%, enquanto do frango, 5,8%.
Promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a picanha caiu 6,5%. Os números consideram variações que acumularam de janeiro até junho deste ano do IPCA, que é indicador oficial de inflação do País.
A economista Andreia Magalhães explica que houve um período de preços muito altos (pandemia) e que os consumidores precisaram substituir carnes mais caras, como a bovina. Além disso, com o dólar em queda e o maior mercado consumidor (China) pagando menos, a proteína sofreu uma redução de preço.
Há, ainda, o crescimento da produção. “Não é que está barato. Está menos caro do que tivemos que pagar nos anos de pandemia de Covid.”
Outras carnes que tiveram queda no preço foram: alcatra (-8,09%); filé mignon (-8,02%); contrafilé (-7,92%); pá (-7,37%); fígado (-6,51%); acém (-6,16%); peito bovino (-5,63%); capa de filé (-5,43%); lagarto comum (-5,37%); costela (-5,33%); coxão mole (-5,16%); patinho (-5,1%); lagarto redondo (-4,76%); músculo (-4,28%); e cupim (-2,43%). Os ovos, entretanto, tiveram aumento de 16,6%.
Sobre os ovos, que sofreram aumento no período, ela explica que existe alto custo de produtividade do alimento. “O milho e a soja são grãos que compõem a alimentação das aves. São grãos que compõem a ração que, por acaso, ficaram muito caros. Portanto, sobe o preço.”
Ela ressalta que também houve a questão da demanda, que aumentou – uma vez que o consumo foi maior, quando a carne bovina estava mais cara. “Mais demanda e menos oferta do produto faz com que o mesmo tenha preço subindo”, esclareceu ao Mais Goiás.
Por fim, Andreia afirma que tudo indica a sequência de queda no valor das carnes em 2023, mas de forma tímida. “E com relação aos ovos, pode ser que ele se mantenha ou tenha alta, já que os grãos também dependem da importação Brasileira.”
Fonte: Mais Goiás