Em um vídeo registrado por um morador, é possível ver a movimentação na porta de um dos prédios
(Foto: Reprodução/Redes sociais)
A Prefeitura de Iporá teve o fornecimento de energia elétrica cortado na quarta-feira, 2, e precisou alugar geradores para garantir o funcionamento dos serviços. Segundo a Equatorial e fontes ouvidas pelo Jornal Opção, o motivo são débitos em aberto.
Já o prefeito Naçoitan Leite (PL) disse à reportagem que existe um imbróglio referente a um acordo que se arrasta desde quando a empresa responsável pelo fornecimento de energia era a Celg.
Em um vídeo registrado por um morador, é possível ver a movimentação na porta de um dos prédios alvos do corte. Segundo o prefeito, o problema se arrasta há algum tempo, e o fornecimento de energia foi interrompido pela empresa devido à falta de um acordo.
Versão do prefeito
Segundo Naçoitan ao Jornal Opção, a prefeitura fez um acordo para quitação de débitos com a então Celg. Após a venda, a negociação se manteve com a Enel e, posteriormente, junto à Equatorial.
No entanto, o prefeito alega que um novo acordo foi feito para o pagamento da dívida, e que essa negociação não foi homologada pela Equatorial. Naçoitan afirmou que, uma vez o documento sendo assinado, fará a quitação dos débitos.
“Não existe falta de pagamento. O problema é a homologação do acordo entre a prefeitura e a Equatorial”, afirmou ele. Segundo o prefeito, a dívida, originalmente de R$ 25 milhões, foi herdada da antiga empresa concessionária, a Celg, e posteriormente parcelada.
“Nós parcelamos a dívida, pagamos uma parte, e quando a Enel vendeu para a Equatorial, restaram cerca de R$ 3 milhões. Fizemos um novo parcelamento, mas a homologação ainda não foi assinada”, explicou.
O prefeito também ressaltou que a prefeitura já vinha realizando pagamentos, mas de forma inadequada, devido à falta da homologação. “Nós estávamos pagando, mas paramos porque era necessário homologar o acordo para continuar os pagamentos de forma correta. Se o Ministério Público entrar aqui, eu estou fazendo de forma errada. Então, precisamos que o acordo seja homologado para regularizar tudo”, esclareceu.
“Estamos aguardando a Equatorial homologar o acordo. Eles assinam, nós assinamos e fazemos o pagamento imediato”, garantiu. Vale lembrar que no próximo domingo, 6, ocorrem as eleições municipais pelo Brasil.
O chefe do Executivo municipal ainda relatou que a Secretaria do Meio Ambiente responsabilizou a Equatorial por um incêndio ocorrido no Morro do Macaco, onde foram queimados “mais de 500 hectares” de reserva ambiental, segundo o prefeito.
Naçoitan disse que uma multa de R$ 15 milhões foi aplicada, mas que o débito não foi sanado. “Eu pedi explicações para a Equatorial, que nunca levantou um lápis para poder fazer uma ajuda. A reserva foi queimada, e o transtorno causado na cidade é inacreditável”, comentou.
Procurada por essas questões, a Equatorial preferiu não se manifestar
Nota da Equatorial:
“A Equatorial Goiás informa que a suspensão do fornecimento de energia foi realizado em observância às regras estabelecidas na resolução 1.000/2024 da Agência Nacional de Energia Elétrica. A concessionária esclarece que existem débitos em aberto na unidade consumidora, e que, mesmo após diversas tentativas, não obteve êxito na negociação, e executou a suspensão do fornecimento de energia.
A concessionária permanece à disposição para orientações e esclarecimentos.”
FONTE: JORNAL OPÇÃO