Suspeito possui diversos antecedentes criminais e é considerado de alta periculosidade, segundo o delegado. Ele poderá responder por homicídio qualificado.
Homem que matou cantora em bar teria confundido a folha de babosa com faca. Contudo, mesmo sabendo que verificando que não era uma faca, atirou mesmo assim, segundo delegado — Foto: Polícia Civil / TV Anhanguera – Reprodução
Foi preso na manhã desta terça-feira (16) o homem, de 31 anos, suspeito de matar com três tiros a cantora Shirlene da Silva Alves, de 36 anos, após ser repreendido por ela por usar banheiro feminino de um bar.
O crime aconteceu na noite do dia 17 de março, no setor Jardim Nova Goiânia, em Senador Canedo, na Região Metropolitana de Goiânia. A vítima foi atingida na cabeça e morreu no local.
O g1 não conseguiu localizar a defesa do suspeito para que pudesse se posicionar até a última atualizar desta reportagem.
De acordo com a Polícia Civil (PC), o suspeito foi encontrado ainda na mesma cidade em uma casa alugada no Residencial dos Ipês, distante de onde aconteceu o crime.
Ao g1, o delegado responsável pelo caso, João Paulo Vieira, afirmou que o suspeito poderá responder por homicídio qualificado. Segundo o investigador, o suspeito possui diversos antecedentes criminais como roubo, receptação, tráfico de drogas, ameaça e resistência.
Motivação
Na época do crime, o delegado contou à portagem que o suspeito e a esposa estavam no mesmo bar que a vítima e o marido. De acordo com a polícia, Shirlene discutiu com o suspeito após ele usar o banheiro feminino ao invés do masculino e, minutos depois da briga, ela pediu para o marido buscar algumas folhas de babosa em casa.“Ela pediu para eu buscar a babosa para dar para uma amiga. Eu fui e coloquei dentro de uma sacola”, detalha Valdeci.
Ao voltar para o bar com as folhas de babosa na sacola, segundo o marido da vítima, a esposa do suspeito pensou que era uma faca e gritou alertando. “Ela gritou: ‘meu bem, ele está armado’”, lembra.
Segundo o delegado, apesar de ver que era uma babosa, o suspeito atirou três vezes contra Shirlene. “Ele tirou a babosa da sacola e mostrou para todo mundo: ‘não é arma’. Deu tempo do suspeito ver que não era uma faca e mesmo assim efetuou os disparos”, afirma João Paulo.
O delegado destaca que o crime teve um motivo fútil e com recurso que dificultou a defesa da vítima. “Já temos a autoria e a motivação. Estamos em diligências e vamos finalizar a investigação o mais rápido possível”, afirmou. De acordo com o investigador, o suspeito ainda deve ser preso.
FONTE: G1 GOIÁS / TV ANHANGUERA