Na última sexta-feira (16), a cantora denunciou o caso em um reality show gospel chamado Dom Reality, e a pobreza extrema e precariedade em que vivem diversas crianças na Ilha de Marajó voltou a ser um dos assuntos mais comentados na web.
No vídeo, é possível ver turistas jogando comida, roupas, brinquedos às crianças em canoas precárias na Ilha. A região citada na música, a Ilha da Marajó, apresenta uma condição de extrema pobreza, que tem levado crianças e adolescentes a serem explorados sexualmente em troca de recursos básicos como dinheiro, comida e até mesmo óleo diesel.
Recentemente, durante uma operação policial, um vídeo mostrou cinco meninas correndo atrás de um barco carregado de caminhões, onde estão os caminhoneiros que frequentemente oferecem dinheiro e recursos em troca de favores sexuais.
“Marajó é uma ilha há alguns minutos de Belém, minha terra. E lá, as crianças, lá tem muito tráfico de órgãos, lá é normal. Lá tem pedofilia em nível “hard” e as crianças com 5 anos, quando ela veem um barco vindo de fora com turistas, Marajó é muito turística e as famílias lá são muito carentes, as criancinhas saem em uma canoa, 6,7 anos, e elas se prostituem dentro do barco por cinco reais”, desabafou a cantora, emocionada.
Mas a cantora gospel Aymeê não é a primeira pessoa a falar publicamente da situação na Ilha de Marajó, uma região constituída de 12 municípios, que tem cerca de 500 mil habitantes. O caso também veio à toa em 2006, com a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados.
Na época, a Câmara abriu uma investigação para apurar denúncias. À época, conforme o jornal Extra, documentos revelaram o envolvimento de políticos locais nos casos, com aliciadores levando crianças para se prostituírem em Belém e na Guiana Francesa.
FONTE:GOIAS NOTICIA