Manifestação dos servidores ocorre neste domingo (15/3), no Parque Nacional de Brasília, Parque Nacional da Tijuca e em mais quatro unidades
Servidores do Instituto Chico Mendes (ICMBio), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e Serviço Florestal Brasileiro (SFB) realizam, neste domingo (17), um ato em defesa da Carreira de Especialista em Meio Ambiente. A manifestação será no Parque Nacional de Brasília e em mais cinco unidades geridas pelo ICMBio, incluindo o Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro.
Os servidores reinvidicam a reestruturação da carreira, que não é alterada há uma década. Por causa disso, os servidores apontam distorções como redução do poder de compra de 35%, abismo salarial entre técnicos e analistas e ausência da categoria dentre as que recebem benefícios como o adicional por trabalho em áreas de fronteira.
Estas distorções fazem com que a carreira seja cada vez menos atrativa, fazendo com que concursos públicos sejam ineficientes para resolver a questão de pessoal. Mesmo com concursos recentes, cerca de 20% dos recém-chegados já pediram exoneração para assumir cargos em carreiras mais valorizadas e pelo menos 70% dos servidores do Ibama estão inscritos em outros concursos. Isso significa que, com o Concurso Nacional Unificado, os órgãos de meio ambiente podem sofrer um colapso de pessoal.
O ato é uma de uma série de ações realizadas pelos servidores desde o início do ano, quando as atividades externas foram suspensas. Fiscalização e licenciamento ambiental foram as principais atividades afetadas.
Negociações
Os servidores do meio ambiente cobram a reestruturação e valorização da área, apontada como prioritária pelo Governo Lula. O trabalho dos servidores resultou em bons índices como o aumento de operações de fiscalização, multas e redução do desmatamento pela metade, sendo que em áreas de atuação direta do Ibama e ICMBio (Terras Indígenas e unidades de conservação), a queda foi de 70%.
No meio do ano passado, os servidores iniciaram uma negociação com o Ministério da Gestão e Inovação (MGI), porém o Ministério só retomou as conversas após as paralisações. O MGI já apresentou duas propostas, ambas não contemplavam nenhum item solicitado.
FONTE: OHOJE