Sexo antes da competição prejudica o desempenho? Campeã mundial de fisiculturismo esclarece e quebra mitos

A brasileira Graciella Carvalho fala abertamente sobre libido, bastidores das competições e os tabus que cercam o universo esportivo

Sexo antes da competição atrapalha? Fisiculturista Graciella Carvalho responde e desmistifica o tema — Foto: Reprodução Instagram

A atleta Graciella Carvalho, 39 anos, conquistou o título mundial da WBFF (World Beauty Fitness & Fashion) na categoria Diva Fitness 35+, em Miami, marcando seu retorno aos palcos após nove anos. Com formação em nutrição e enfermagem, ela alia conhecimento técnico à experiência prática para discutir temas pouco abordados no esporte.

“Quero mostrar a realidade do fisiculturismo. Existem muitos mitos que afastam as pessoas ou distorcem a percepção sobre o que fazemos. É uma prática baseada em saúde, disciplina e paixão, mas também envolve escolhas difíceis, inclusive na vida pessoal”, afirmou.

Um dos equívocos mais comuns, segundo Graciella, é a ideia de que treinos intensos comprometem o desejo sexual. “Muita gente acha que mulher que treina pesado perde a libido. É o contrário. O exercício melhora a circulação, libera hormônios e eleva a autoestima. Minha energia sexual aumenta quando estou treinando forte”, explicou.

Ela também relatou mudanças na rotina durante o período pré-competitivo. “Na semana do campeonato, foco totalmente no corpo. Às vezes evito relações sexuais para não comprometer o desempenho, mas é algo pontual, não significa que o esporte me afaste da intimidade”, disse.

Outro tema sensível é o uso de esteroides anabolizantes, frequentemente associado ao fisiculturismo. Graciella reforça que eles não são indispensáveis. “Esse é um mito. É possível conquistar resultados com treino, alimentação e consistência. Quando há uso de hormônios, deve ser algo orientado e consciente, pois envolve riscos”, esclareceu

Em relação à alimentação, ela admite que a preparação exige sacrifícios, mas destaca que é possível manter o prazer ao comer: “Já tive fases com dieta de 1.500 calorias divididas em seis refeições por dia. Mas aprendi a enxergar a comida como combustível, não como punição. Dá para manter o sabor, mesmo com restrições.

Para Graciella, o fisiculturismo vai além da aparência. “É um estilo de vida que envolve corpo, mente e até a vida íntima. Quero mostrar que é possível viver esse esporte com equilíbrio, mantendo a feminilidade, a saúde e o prazer”, conclui.

FONTE : O GLOBO

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