Segundo a síndica Mirailde Pereira Gomes, o morador que acusou-a de ter ordenado agressões contra ele já havia ameaçado tanto ela quanto sua filha de 3 anos em duas ocasiões. Ela informou também que já fez dois registros de ocorrência contra o homem. O incidente ocorreu no último sábado (6), em um condomínio no Buriti Sereno em Aparecida de Goiânia.
De acordo com Mirailde, o morador era multado constantemente por desobedecer normas do condomínio. Ela menciona que no momento dos acontecimentos, o homem encontrava-se sob o impacto do álcool e substâncias ilícitas, e que ele a teria ameaçado por quase uma hora devido às multas que lhe foram impostas. Ela afirma que foi coagida pelo agressor, que a estava impedindo de sair do apartamento. “Não tinha como sair de casa, eu estava presa. Ele correu para frente da minha janela e do bloco”, disse a mulher.
Durante esse período, ela disse que o homem afirmava que tiraria a vida de sua filha de 3 anos. Ela relata ter acionado a polícia, contudo, devido à demora, solicitou auxílio ao seu ex-marido, pai da criança. “Eu liguei para o pai da minha filha e falei, eu vou morrer”, relata.
Mirailde afirma que, quando seu ex chegou até o local, se deparou com o homem ameaçando ela e sua filha, nesse instante as supostas agressões começaram. Ela também declara que, ao contrário do relato do residente que disse ter sido agredido por dois homens, o pai de sua filha foi o único responsável pelas supostas agressões.
Entretanto, William Santos, um residente do condomínio, que diz ter presenciado o incidente. Afirma que o ex-marido da síndica teria chegado acompanhado de um amigo e ambos teriam alegadamente agredido o morador. Ele aponta também que o morador, que supostamente teria sofrido as agressões, é problemático e já teve várias interações com a polícia, inclusive casos de violência contra sua esposa.
Santos afirma que a síndica vive exclusivamente com sua filha de 3 anos e, durante o incidente, buscou contato com o pai da criança como forma de garantir sua proteção. “No instinto de um pai protetor, ele recorreu aos meios disponíveis, não houve arma de fogo; em vez disso, acredito que ele tenha usado um pedaço de pau”, disse o homem.
Além disso, Mirailde relata que está sendo obrigada a conviver com o suposto agressor, pois não é possível solicitar uma medida protetiva devido ao fato de ambos morarem no mesmo prédio. A mulher informou também que já está sendo assistida por advogados, os quais já adotaram todas as providências necessárias. “Vamos à justiça, resolver da forma que tiver que resolver. Eu sou a vítima”, finalizou.
FONTE:O HOJE