Aos 92 anos, diagnosticado com tumor no pâncreas, jornalista Léo Batista morreu no domingo no hospital onde estava internado desde dia 6; CBF determina 1 minuto de silêncio antes dos jogos e diversos clubes prestam homenagens – Fotomontagem: reprodução / redes sociais / Botafogo
O jornalismo esportivo do Brasil perdeu seu nome de maior destaque, com a morte de Léo Batista, 92 anos. Ele morreu em um domingo, um dia geralmente dedicado ao futebol pelas diferentes cidades brasileiras, e isso fez com que homenagens diversas fossem dedicadas ao locutor e apresentador que se consagrou com o apelido de “a voz marcante”.
Léo Batista estava internado em uma UTI do Hospital Rios D’or, em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Ele deu entrada no dia 6 com quadro de desidratação e dor abdominal. Foi diagnosticado com um tumor no pâncreas.
Léo é citado como sendo o funcionário mais antigo da Globo após a morte de Cid Moreira em outubro do ano passado. Entrou na emissora há mais de 55 anos e ainda aparecia em alguns quadros especiais e esporádicos. Em um deles, quando foi homenageado, afirmou: “Só morre de verdade quem nunca mais é lembrado”, ciente do legado que construiu.
Entre seus feitos, Léo Batista narrou a primeira partida do genial jogador Garrincha, em 1953. Além disso, foi imortalizado por quadros de destaque entre milhões de telespectadores, como o resultado dos jogos de futebol no programa Fantástico, junto com o personagem Zebrinha, em aparições dominicais que marcaram o programa por décadas e lembradas até hoje.
Homenagens
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) determinou que todas as federações concedam um minuto de silêncio nos jogos dos campeonatos estaduais.
“Um dos maiores comunicadores do Brasil, Léo Batista marcou gerações com seu jeito especial de comandar quadros esportivos. Foi um dos jornalistas que narraram o primeiro jogo de Garrincha e, botafoguense, estava feliz com o título do Brasileiro e da Libertadores do ano passado. Neste momento de imensa dor, a CBF se solidariza com seus familiares, amigos e com a legião de fãs de Léo Batista”, comentou o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.
Morte do jornalista Léo Batista comove mundo esportivo nacional
A morte do jornalista no domingo gerou comoção dos times de futebol e de seu clube do coração, o Botafogo.
Após a divulgação da morte do locutor esportivo, o clube alvinegro publicou uma homenagem nas redes sociais.
“Com pesar e gratidão, hoje nos despedimos do grande Léo Batista, escolhido pela Estrela Solitária e um dos maiores nomes da comunicação brasileira. A voz marcante do jornalista atravessou gerações, nos acompanhou em momentos históricos e anunciou o ‘Tempo de Botafogo’”.
Em 2019, Léo Batista foi homenageado no Estádio Nilton Santos pouco antes de uma partida entre Botafogo e Santos. Na ocasião, o clube carioca batizou uma cabine do estádio com o nome do jornalista. Ele era sócio alvinegro desde 1992 e cobriu o primeiro jogo de Garrincha pelo clube, em 1953.
Além da postagem, o Botafogo publicou um vídeo homenageando o narrador intitulado: “Voz a temporal”.
Outro time a homenagearo jornalista Léo Batista foi o Flamengo: “O Clube de Regatas do Flamengo lamenta profundamente o falecimento de Léo Batista, um ícone do jornalismo esportivo brasileiro”.
Na mesma linha, o Fluminense também prestou homenagens nas redes sociais: “Dono de uma voz marcante, Léo Batista sempre foi uma referência da televisão brasileira e do jornalismo esportivo”.
O Vasco dedicou: “Que todos os bons momentos narrados e contados por Léo fiquem na lembrança de cada um que o ouviu ao longo das décadas de dedicação e profissionalismo.”
Times paulistas prestaram homenagens a Léo Batista.
O Corinthians publicou: “Léo também participou dos principais eventos esportivos no mundo, como 13 edições da Copa do Mundo e também 13 edições dos Jogos Olímpicos. Também foi o responsável pelas ‘Zebrinhas do Fantástico’, que fez sucesso no programa dominical na década de 1980.”
O Palmeiras lamentou a morte do locutor: “Ao longo de mais de 70 anos de carreira, o paulista de Cordeirópolis se notabilizou pela voz marcante, pela generosidade devotada aos colegas de trabalho e, principalmente, pelo amor à profissão”.
Também o São Paulo lamentou: “Léo marcou gerações com suas inúmeras apresentações na televisão brasileira, com grande participação no jornalismo esportivo. Descanse em paz”, escreveu o tricolor paulista.
Na mesma linha, o Santos divulgou: “O apresentador foi um dos maiores nomes da comunicação nacional e foi com suas locuções que a nação santista assistiu a tantos momentos gloriosos do nosso Peixão”.