A defesa de Robinho pede a redução da pena de 9 anos para 6, o que possibilitaria, neste momento, o cumprimento em regime semiaberto

Justiça Federal/Reprodução
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) adiou, pela terceira vez, análise do pedido da defesa do ex-atacante Robson de Souza, o Robinho, para redução de pena. O recurso, agora com data prevista de julgamento para 20 de agosto, requer a redução da pena de nove anos de prisão por estupro coletivo na Itália.
O julgamento ocorrerá na Corte Especial do STJ. Essa é a terceira vez que os embargos de declaração saem da pauta este ano.
No recurso, a defesa argumenta que “a decisão italiana não se harmoniza com princípios constitucionais e legais da ordem pública brasileira na fixação da pena, devendo esta ser reduzida para o patamar mínimo previsto para o crime, ou seja, seis anos de reclusão, com possibilidade de adoção do regime semiaberto”.
A defesa sustenta que, “na legislação italiana, o crime de estupro é comum e segue os mesmos critérios de progressão de regime que os demais. Não há correspondência com a legislação de crimes hediondos. Dessa maneira, sem especial agravamento da pena por parte da legislação italiana, não se pode adotar aqui tratamento mais gravoso que o da sentença homologada. A lei de crimes hediondos não pode ser aplicada ao caso”.
A Corte Especial do STJ reúne os ministros mais antigos. Robinho está preso na Penitenciária de Tremembé (SP).
Entenda o caso
- O ex-jogador de futebol Robson de Souza, o Robinho, foi preso pelo crime de estupro coletivo cometido contra uma mulher albanesa na Itália, em 2013.
- Robinho foi condenado em 2017 pelo crime. Ele acabou recorrendo da decisão, mas foi considerado culpado em todas as instâncias. A sentença da Itália foi de 9 anos de prisão pelo crime de estupro coletivo.
- Robinho foi preso em 21 de março de 2024, logo depois de ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) validarem, por 9 votos a 2, a sentença da Itália que o condenou a 9 anos de prisão.
- Desde o início, Robinho nega a participação no crime e pede pela liberdade. No entanto, a Justiça da Itália o condenou em todas as instâncias.
A Justiça italiana sentenciou o ex-jogador a 9 anos de prisão, em regime inicialmente fechado. O STJ homologou a decisão, e Robinho foi preso no Brasil.
Os advogados de Robinho argumentam que a dosimetria da pena deveria ser a da legislação brasileira, ou seja, o ex-jogador teria de cumprir 6 anos de prisão em regime inicial semiaberto.
FONTE : METROPOLES