Tamanho da dívida da Prefeitura de Goiânia ainda é mistério para Mabel

Foto: Secom Goiânia

A equipe de transição fez a segunda reunião na segunda-feira (11) e marcou a próxima para dia 18, mas continua sem saber o tamanho da dívida da atual administração. Durante a campanha, o déficit era estimado em R$ 400 milhões e depois, diante de vários atrasos mapeados, por exemplo, na saúde, o prefeito eleito, Sandro Mabel (UB), passou a falar em uma dívida de R$ 1,6 bilhão a ser deixada pelo atual prefeito, Rogério Cruz (SDD).

A equipe de Cruz nega que o déficit será desse tamanho, mas também não apontou ainda de quanto será. Quem geralmente fala sobre o assunto é o secretário de Governo, Jovair Arantes, que minimiza o valor, sem apontar, mesmo que aproximadamente, o tamanho do rombo que Mabel vai encontrar. Em entrevista após a derrota no primeiro turno Cruz avisou que o tamanho do déficit seria calculado e informado em meados de novembro, portanto, esta semana.

Na segunda reunião que a equipe do eleito e do atual prefeito fizeram, na segunda-feira, houve a entrega de alguns documentos e a indicação de onde obter outros de forma digital, mas isso não foi suficiente para dar tranquilidade a Mabel.

Ele deu entrevistas ressaltando que viu de perto o tamanho de algumas dívidas e está preocupado. Citou por exemplo, que conheceu o montante devido somente à Fundação de Amparo ao Hospital das Clínicas (Fundahc), que faz a gestão de maternidades, e apenas ela supera R$ 160 milhões.

Secretário indicado

Durante a segunda-feira o prefeito eleito de Goiânia anunciou o primeiro secretário da próxima gestão. Será o ex-deputado e ex-secretário de Finanças Valdivino de Oliveira, nome experimentado que ocupou o mesmo cargo em diversos governos e de diversas cidades: Goiânia, Anápolis, Brasília e secretário da Fazenda no Governo do Estado.

Oliveira já anunciou que serão quatro anos de austeridade em razão do cenário de terra arrasada que a equipe de Mabel acredita ter pela frente na Prefeitura. Membro da equipe de transição, Valdivino está tomando intimidade com o cenário e por isso defende uma gestão que priorize corte de gastos e eleve a arrecadação municipal.

Ainda não se fala em reforma administrativa ou na estrutura que a próxima gestão pretende manter, mas diante das declarações públicas de Mabel e do próximo secretário de Finanças, é grande a possibilidade de enxugamento de secretarias e redução da folha de servidores. Ainda que tenha de abrir espaço para o grupo que o elegeu, com cargos, Mabel terá espaço para mudanças diante de muitos anos de gestões que não tinham ligação com o partido dele e dos que o apoiaram.
Marília Assunção

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *