Bolsonaro havia comentado que a mudança estava “90% acertada”
Foto: Governo de São Paulo
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, desistiu de se filiar ao partido de Jair Bolsonaro (PL) e anunciou que irá permanecer no Republicanos. Segundo Igor Gadelha, do Metrópoles, Tarcísio vinha sendo cortejado pelo PL, mas comunicou que deverá permanecer no Republicanos até 2026, último ano de seu mandato.
Valdemar Costa Neto, presidente do PL, já havia falado publicamente que Tarcísio estaria “quase certo para se juntar ao partido” após as eleições municipais de 2024. Já o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) havia comentado que a mudança estava “90% acertada”.
Nos bastidores, aliados de Tarcísio afirmam que ele busca estabilidade para seu governo e a preservação de uma posição mais independente. Esse objetivo seria dificultado caso ele ingressasse no PL. Conforme essas fontes, a escolha de permanecer no Republicanos reflete o desejo do governador de manter distância de pressões externas e das expectativas bolsonaristas.
Para Valdemar Costa Neto, que via uma possível filiação de Tarcísio como um reforço da aliança com Bolsonaro, essa decisão representa um revés. A permanência de Tarcísio no Republicanos é interpretada também como um sinal de que o governador de São Paulo pretende conduzir seu mandato com mais autonomia, ainda que mantenha boas relações com figuras bolsonaristas.
Fala de Tarcísio de Freitas sobre PCC pode torná-lo inelegível
A fala do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), de que uma facção criminosa havia orientado voto no então candidato a prefeito da capital Guilherme Boulos (PSOL) teve gravidade suficiente para condená-lo por abuso de poder político e torná-lo inelegível por oito anos, segundo especialistas em direito eleitoral.
A afirmação de Tarcísio feita enquanto a votação ainda estava em curso, no domingo (27), também coloca sob risco a vitória de Ricardo Nunes (MDB), que pode ter a diplomação como prefeito reeleito cassada pela Justiça.
A declaração do governador foi dada em entrevista em colégio onde foi votar. Ele estava ao lado de Nunes e Mello Araújo, vice do emedebista.
FONTE: MAIS GOIÁS