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A fraude impulsionada pelo tráfico humano está em ascensão no sudeste asiático, com grupos criminosos lucrando quase três trilhões de dólares anualmente, revelou o chefe da Interpol. Com informações da CNN.
A organização criminosa internacional obtém anualmente cerca de US$ 50 bilhões, enquanto entre US$ 2 trilhões e US$ 3 trilhões de fundos ilícitos circulam globalmente. Em comparação, a economia francesa vale US$ 3,1 trilhões, conforme dados do Fundo Monetário Internacional.
O tráfico de drogas continua a ser uma grande fonte de renda para o crime organizado, mas grupos criminosos estão ampliando suas operações para incluir o tráfico de seres humanos, armas e bens roubados, utilizando redes de contrabando estabelecidas.
Esses grupos, aproveitando o anonimato da internet, novos modelos de negócios e as condições geradas pela pandemia, operam em uma escala sem precedentes, conforme destacado pelo secretário-geral da Interpol em um briefing realizado em Cingapura em 27 de março.
Nos últimos anos, testemunhos de sobreviventes, campanhas de organizações não governamentais e reportagens da mídia têm exposto o crescimento de gangues de fraude online no sudeste asiático. As vítimas são frequentemente atraídas com a promessa de empregos legítimos, apenas para serem traficadas e submetidas a abusos, incluindo trabalho forçado e tratamento degradante.
Mianmar, em particular, emergiu como um centro para essas atividades fraudulentas, com o envolvimento significativo de cidadãos chineses. As autoridades locais lutam para conter essas operações, enquanto Pequim pressiona por uma ação mais rigorosa contra o crime transfronteiriço.
Em outro lugar, as Filipinas testemunharam a proliferação de cassinos que servem a jogadores chineses ilegais, muitos dos quais são usados como fachadas para atividades criminosas. Recentemente, mais de 800 pessoas foram resgatadas de um centro de fraude online disfarçado de cassino.
Os criminosos também estão adotando táticas mais sofisticadas, incluindo o uso de inteligência artificial para enganar corporações. Em um incidente em Hong Kong, um funcionário financeiro foi enganado para pagar US$ 25 milhões a fraudadores que utilizaram tecnologia deepfake para se passar por um diretor financeiro da empresa durante uma videoconferência.
FONTE: JORNAL OPÇÃO