A divulgação desse módulo da pesquisa foi suspensa em 2020 e 2021 devido à pandemia
A taxa de analfabetismo das pessoas com 15 anos ou mais no Brasil apresentou uma redução significativa, passando de 6,1% em 2019 para 5,6% em 2022, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua: Educação 2022, divulgada na quarta-feira (7), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse resultado representa uma diminuição de pouco mais de 490 mil analfabetos no país, alcançando a menor taxa desde o início da série histórica em 2016.
Segundo os dados da pesquisa, havia um total de 9,6 milhões de pessoas que não sabiam ler e escrever no país, sendo que 55,3% (5,3 milhões) delas residiam na região Nordeste e 54,2% (5,2 milhões) tinham 60 anos ou mais.
A divulgação desse módulo da pesquisa foi suspensa em 2020 e 2021 devido à pandemia e retornou agora com os resultados referentes a 2022. A mudança na forma de coleta de dados durante o período de distanciamento social causou uma redução na taxa de aproveitamento da amostra, levando à suspensão temporária.
A coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy, destaca que o analfabetismo continua em declínio, mas apresenta uma característica estrutural: quanto mais velho o grupo populacional, maior a proporção de analfabetos. Isso indica que as gerações mais jovens têm maior acesso à educação e são alfabetizadas ainda na infância, enquanto persiste um contingente de analfabetos composto principalmente por pessoas idosas que não tiveram acesso à alfabetização na infância ou juventude e permanecem analfabetas na vida adulta.
As taxas de analfabetismo por faixa etária foram de 16,0% para pessoas com 60 anos ou mais, 9,8% para pessoas com 40 anos ou mais, 6,8% para aquelas com 25 anos ou mais e 5,6% para a população com 15 anos ou mais. Destaca-se que a taxa de analfabetismo das pessoas com 60 anos ou mais registrou a maior queda, com uma redução de 2,1 pontos percentuais em relação a 2019 e 4,5 pontos percentuais em relação a 2016.
A queda na taxa de analfabetismo demonstra avanços no acesso à educação e na alfabetização no Brasil, especialmente entre as gerações mais jovens. Essa tendência reforça a importância contínua de investimentos na área da educação e de políticas públicas que promovam a inclusão e a alfabetização de todas as faixas etárias, visando a redução ainda maior do analfabetismo no país.
Fonte: Mais Goiás
