Economia

BYD brasileira vai criar 10 mil empregos na Bahia

Primeira fábrica de carros da greentech fora da Ásia terá capacidade de produzir mais de 150 mil veículos por ano

Dois mil e vinte e três entra para a história como o ano em que a BYD chacoalhou o setor automotivo no Brasil. Do lançamento do primeiro carro elétrico realmente acessível ao consumidor brasileiro – o BYD Dolphin – ao anúncio de investir R$3 bilhões no complexo de Camaçari, na Bahia, a empresa de tecnologia adiantou o futuro para hoje.

A oficialização da chegada da greentech no nordeste brasileiro é um divisor de águas para a indústria automotiva nacional, que volta a investir e produzir na região, desta vez fabricando veículos elétricos e híbridos com a mais alta tecnologia e eficiência. A produção no Brasil vai permitir preços ainda mais competitivos e tornar realidade o sonho do brasileiro de ter um veículo elétrico na garagem.

A contagem regressiva já começou e a partir de fevereiro de 2024 as obras para instalação da primeira fábrica de carros da BYD fora da Ásia vão começar. A boa notícia é que a expectativa de geração de empregos dobrou e agora devem ser gerados 10 mil postos de trabalho diretos e indiretos com as instalações na Bahia.

Como uma empresa sediada no Brasil e com foco nos brasileiros, a BYD vai priorizar a contratação de mão de obra local. A ideia é capacitar os trabalhadores para uma fábrica com a mais alta tecnologia e levar os brasileiros para se especializar na China. Também será criado um grupo de fornecedores locais para atender os mais diversos tipos de demanda da indústria, fortalecendo a economia local e gerando ainda mais oportunidades.

“Pretendemos começar a construção da fábrica em fevereiro, e vamos começar em breve os processos de seleção e qualificação. Quero deixar uma mensagem para vocês, estejam preparados, com bons hotéis, bons restaurantes e boa estrutura em torno da fábrica”, destaca Stella Li, Vice-Presidente Executiva Global e CEO da BYD Américas.

“Vamos construir nosso sonho de transformar a região em um centro de inovação, não só para o Brasil, mas para toda a América Latina. Nós também vamos oferecer bolsas de estudo para que estudantes da região possam ir à China adquirir aprendizado e aplicar na sua realidade”, completa a CEO da BYD.

Na primeira fase, a fábrica de Camaçari terá capacidade de produzir 150 mil veículos por ano, podendo expandir para até 300 mil. Pelo menos quatro modelos serão totalmente fabricados no país para atender a demanda local e dos países vizinhos.

“Esse investimento de R$ 3 bilhões vai tornar o Brasil o maior polo industrial da BYD fora da China e é uma mensagem clara de como a companhia acredita, aposta e investe a longo prazo no potencial do mercado brasileiro, um dos mais importantes do mundo” dia Alexandre Baldy, conselheiro especial da BYD.

Líder de vendas no Brasil

O BYD Dolphin lançado em junho de 2023 se tornou o veículo elétrico mais premiado do ano. Em apenas 6 meses desde o seu lançamento no Brasil, foram 10 grandes reconhecimentos. O carro mais aguardado e mais comentado do ano também se tornou o queridinho da imprensa especializada e da opinião pública, quebrando paradigmas e mudando a história do mercado nacional.

O modelo conquista a cada mês sucessivos recordes de vendas. Foi o carro elétrico mais comercializado do país em novembro com 1.694 unidades, segundo dados da ABVE – Associação Brasileira do Veículo Elétrico. O desempenho da BYD em novembro garantiu uma participação de 66% no mercado (BEV). Os números impressionam ainda mais, considerando que apenas o Dolphin e o Dolphin Plus (1.694 unidades) venderam mais do que a soma de todos os outros modelos elétricos (1.503 unidades).

Em relação ao acumulado do ano (janeiro-novembro 2023), considerando-se todas as marcas, a BYD mantém a liderança isolada em vendas de veículos elétricos com um total de 6.657 unidades, ou 50% de participação do total de automóveis BEV comercializados no país.

BYD lidera também as vendas de carros híbridos plug-in

Considerando-se os veículos PHEV, o BYD Song Plus DM-i foi o modelo mais vendido do mercado brasileiro com 1.523 unidades, o que representa 38% de todas as vendas dentro desta categoria. PHEV é a sigla para veículo híbrido plug-in, ou seja, além de usar combustível, possui uma bateria que pode ser recarregada ligada na tomada. O SUV líder de mercado entre os híbridos faz tanto sucesso que vendeu mais que o dobro do segundo colocado no mês e, dentro do top 5, teve mais unidades vendidas do que os outros quatro modelos somados, o que comprova a qualidade, eficiência e confiança do brasileiro na BYD.

Já no acumulado do ano o modelo híbrido da BYD também brilhou e liderou em 2023 entre janeiro e novembro, com 5.786 unidades comercializadas, o que representa mais de 20% do mercado total de carros híbridos no Brasil e mais de 45% acima do segundo colocado.

Por que elétricos fazem todo sentido no Brasil?

O país que abriga a Floresta Amazônica e que tem uma das matrizes energéticas mais limpas do planeta tem tudo para tomar a dianteira na eletrificação da frota com a redução de gases poluentes emitidos pelos modelos a combustão.

O lançamento do BYD Dolphin colocou os carros elétricos no radar dos brasileiros, que finalmente passaram a considerar a possibilidade real da compra de um carro não poluente.

“O BYD Dolphin mudou o jogo no mercado automotivo brasileiro, pois nunca antes na história uma montadora inovou tanto ao oferecer um carro que seja tão tecnológico, eficiente, confortável, com autonomia e que tenha design e ainda não gere poluição por onde passa. O preço competitivo fez toda a indústria se movimentar e rever suas políticas de preços e é esse o nosso objetivo: mudar o status quo para tornar acessível o carro elétrico para a população brasileira”, afirma Tyler Li, presidente da BYD do Brasil.

Para 2024, a BYD promete ainda mais novidades entre veículos 100% elétricos e híbridos como um sedã, uma picape e o BYD Dolphin Mini que será lançado no primeiro trimestre e, assim como o BYD Dolphin, promete mexer com o mercado por sua ótima relação custo-benefício.

O Vale do Silício brasileiro

A BYD também aposta em trazer e desenvolver tecnologia de ponta no Brasil e vai investir em um centro de pesquisas em Salvador. O primeiro objetivo deste centro será o desenvolvimento deste motor híbrido flex, que possibilite o uso da energia do etanol combinado com a eletricidade. Duas fontes de energia limpa para levar o Brasil em direção a um futuro mais verde e sustentável.

A empresa também inaugurou o primeiro laboratório da América Latina que vai estudar todo o ciclo para a produção de módulos fotovoltaicos. Já foram investidos R$ 65 milhões em pesquisa e desenvolvimento no Brasil. O laboratório localizado em Campinas (SP) será fundamental para o objetivo da BYD de fomentar o desenvolvimento do setor de energia solar no Brasil.

Neste ano, a BYD atingiu o marco de 2.3 milhões de módulos fotovoltaicos fabricados no Brasil. Parte do recurso investido em P&D no país é direcionada a estudos realizados em parceria com as principais universidades e institutos do Brasil, como Unicamp, Unesp, CTI Renato Archer, UFSC, Instituto Eldorado, entre outros.
Investimento em tecnologia verde

Recentemente, em visita à China, o presidente Lula deixou claro o seu comprometimento com o meio ambiente, com as políticas públicas no Brasil para a proteção da Amazônia, com a atração da COP 30 para o país, e ressaltou que empresas que contribuíssem para proteger o meio ambiente e para a descarbonização seriam bem-vindas no país.

A BYD acredita em um ecossistema sustentável, em que seja possível captar a energia nas placas solares, armazenar nas baterias e utilizar nos veículos. O mundo está sentindo os efeitos do aquecimento global e a preocupação com o meio ambiente é uma questão urgente. A greentech que leva no nome as iniciais da mensagem “Construa Seus Sonhos”, em inglês, tem olhos bem abertos para desenvolver produtos que ajudem à sua missão de ajudar a reduzir em 1ºC a temperatura do planeta.

Fonte: Metrópoles

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